Copa 2014

Obras na Arena da Baixada estão em ritmo muito lento

A Arena da Baixada é, dentre os seis estádios que ainda não ficaram prontos para receber os jogos da Copa do Mundo do ano que vem, o que está com o cronograma de execução das obras mais atrasado. O estádio atleticano, segundo a última parcial divulgada pela CAP S/A – sociedade de propósito específico para gerenciar as obras -, no dia 11 de julho, estava com 71,43% concluído. O Joaquim Américo ficou pra trás e foi ultrapassado pela Arena da Amazônia, de Manaus, que avançou de 68% para 74% na sua conclusão e pela Arena das Dunas, que atingiu a execução de 78%.

A lentidão que norteia as obras de remodelação e ampliação da Arena da Baixada para receber quatro jogos da Copa do Mundo do ano que vem, virou motivo de preocupação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Ontem, durante uma audiência pública na Subcomissão Permanente da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o ministro afirmou que o estádio atleticano e os outros cinco palcos, que também deverão receber partidas do Mundial, estão com o “sinal amarelo” aceso e que precisam ganhar um ritmo mais acelerado na execução das suas obras a partir de agora até dezembro, quando os estádios precisam ser entregues totalmente prontos, segundo exigência da Fifa.

Para piorar a situação, enquanto os outros estádios estão em ritmo acelerado para cumprir o prazo limite estipulado pela Fifa, a CAP S/A corre contra o tempo a fim de liberar novos repasses das parcelas do financiamento feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que está temporariamente suspenso pelo Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR).

Para começar, o TCE-PR pede que a CAP S/A, junto com o Governo do Estado, a Prefeitura de Curitiba e o BNDES trabalhem com um orçamento único para a viabilização da reforma do estádio atleticano. Enquanto os poderes municipal e estadual trabalham com um valor de R$ 184,6 milhões, o BNDES tem em mãos um orçamento de R$ 195,7 milhões e a CAP S/A diz que as obras de remodelação do Joaquim Américo vão custar R$ 265 milhões.

De antemão, o poder público já garantiu que qualquer valor que extrapole a quantia de R$ 184,6 milhões terá que ser arcada pela CAP S/A, gestora das obras. “O compromisso do município é arcar com um terço da quantia de R$ 184,6 milhões. A CAP S/A terá que viabilizar com outras fontes essa diferença no valor do orçamento inicial”, cravou o secretário municipal para assuntos da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro.

Enquanto os gestores das obras de remodelação do estádio atleticano correm contra o tempo para entregar a Arena da Baixada pronta no final de dezembro, os outros estádios seguem em ritmo acelerado. A Arena da Amazônia, por exemplo, que na penúltima semana de julho tinha 68% da execução das obras, avançou para 74% em quase três semanas.

Com tantos entraves, principalmente no que se refere ao repasse do dinheiro para a viabilização das obras da Arena da Baixada, a expectativa agora é sobre o parecer da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), que vão visitar o Joaquim Américo na próxima segunda-feira. Liderados pelo secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, a visita deve render novas cobranças ao ritmo das obras do estádio atleticano.