Em mais um duelo “de seis pontos”, o Paraná Clube coloca em jogo a sua posição no G4, frente ao Boa Esporte. Caso vença o confronto, às 19h30, no Durival Britto, o Tricolor pode até recuperar a terceira colocação da Série B. Numa sequência de decisões, sem tempo para treinar, o técnico Dado Cavalcanti mexe em praticamente meio time. Serão cinco mudanças, com direito a duas estreias nesta partida contra o clube mineiro, que possui campanha semelhante à paranista, com desvantagem apenas no saldo de gols (nove contra zero).
“Será um jogo duríssimo. Acredito que se superarmos essas duas rodadas – no sábado, o Paraná encara a vice-líder Chapecoense, em Santa Catarina -, nos mantendo no G4, daremos um passo enorme para o acesso”, cravou Dado Cavalcanti. Mesmo tendo outras decisões pela frente, o técnico confia na força do grupo, que seria potencializada com um tempo maior de descanso entre as partidas. “Essa maratona é muito desgastante. Além dos jogos próximos, há a questão logística, com viagens longas. Tanto que, neste momento, conversamos muito mais do que treinamos, individualizando a preparação da equipe”.
Na prática, Dado perde três titulares para o jogo desta noite. Além do lateral-esquerdo Paulinho e do atacante Reinaldo, suspensos, ele não terá o meia Rubinho, vetado devido a uma faringite. Na ala, a opção foi pela estreia de Tiago Silva. “Estava esperando essa chance há tempos. Não é fácil ficar apenas treinando, mas espero dar o meu melhor para garantir um lugar no time”, disse o jogador de 25 anos, que veio do Resende.
No ataque, o treinador surpreendeu e decidiu dar uma oportunidade a Kayke. Último reforço para a disputa da Série B, ele também veste pela primeira vez a camisa tricolor. Dado havia deixado uma possibilidade de utilização de J.J. Morales, mas o gringo trabalhou o tempo todo entre os suplentes. As outras modificações ficam por conta dos retornos de Édson Sitta (após cumprir suspensão), Felipe Amorim e Paulo Sérgio, sendo que este já foi utilizado nos minutos finais do jogo frente ao Palmeiras.
No treino, o que se viu foi um time com grande mobilidade, variando até a sua tática. Pela versatilidade dos jogadores escalados, o Paraná alternou o posicionamento de acordo com a posse de bola, sempre com uma constante rotatividade entre os quatro jogadores mais avançados. “Jogamos em casa e temos que impor o ritmo, como fizemos em praticamente todos os jogos na Vila Capanema. Nós, à exceção da partida contra o Joinville, sempre fizemos muito bem isso”, disse Dado, confiante em um bom público nas arquibancadas.
