CBJ minimiza liderança no ranking para Mundial de judô

No depender do ranking mundial, o Brasil é o grande favorito para liderar o quadro de medalhas do Mundial de Judô que terá início no dia 26 de agosto, no Rio. São cinco brasileiros liderando suas categorias, mais do que qualquer outro país. O problema é que ser o melhor da lista não significa ganhar medalha de ouro.

“É um orgulho contar com cinco líderes no ranking mundial, de 14 categorias existentes. Mas, por outro lado, se formos ver os resultados dos Jogos Olímpicos, 60% dos que eram líderes não subiram ao pódio e só dois foram medalhistas de ouro. Os atletas que são líderes do ranking estão mais expostos, são mais cobrados e estudados”, comenta Ney Wilson, coordenador técnico internacional e uma espécie de porta-voz da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Existem ainda outros fatores. O francês Teddy Riner, grande estrela do judô na atualidade, só perdeu uma luta de 2009 para cá. Mas o líder do ranking na categoria pesado é o brasileiro Rafael Silva, que competiu muito mais vezes. Este ano, Riner só disputou o Grand Slam de Paris, em casa, e o Campeonato Europeu. Ganhou ambos.

 

“Eu tenho dito aos nossos atletas que fiquem focados em fazer uma boa competição. Muito mais importante do que ser líder do ranking mundial é ser campeão mundial”, destacou Ney Wilson.

 

O Mundial, no Maracanãzinho, começará no dia 26 de agosto e vai até 1º de setembro. As inscrições ainda não foram encerradas, mas já é certo que será o maior Mundial já realizado. “Já são 124 países inscritos, com 783 atletas. É um campeonato em que grande parte dos países também estão vindo para experimentar, conhecer e ver o clima que encontrarão em 2016, nos Jogos Olímpicos no Rio”, completa o dirigente.

Ele promete aproveitar a competição no Brasil para integrar os principais nomes do judô brasileiro às promessas da modalidade. “Nós envolveremos os atletas de até 23 anos e que têm passagem pela seleção de base. Eles estarão participando de apoio da seleção principal e vivenciando de perto como funciona o campeonato mundial, além de ganhar experiência para que possamos contar com eles no futuro.”