Rússia perde prazo de inscrição e vê GP de F1 em risco

Depois de ter sido confirmado por Bernie Ecclestone no calendário da Fórmula 1 de 2014, o GP da Rússia já corre o risco de ter a sua primeira corrida na história da categoria adiada para um próximo ano. A Federação Russa de Automobilismo (RAF, na sigla em russo) informou nesta quinta-feira que acabou não confirmando a inscrição da prova na próxima temporada por causa de uma disputa financeira que a entidade trava neste momento com os organizadores do evento.

Há uma semana, os organizadores do GP da Rússia anunciaram até a data prevista para a corrida: o dia 19 de outubro de 2014, em Sochi, mas a RAF perdeu o prazo de inscrição da mesma, que expirava na última quarta-feira, na Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Para justificar o não cumprimento do prazo exigido, a RAF explicou que tentará provar à entidade máxima do automobilismo que só não formalizou a sua inscrição por motivo de “força maior”.

“A inscrição do GP da Rússia para o calendário de 2014 da F1 não foi enviada a tempo, já que a empresa promotora, a JSC Omega, não cumpriu com as condições necessárias. Isto é, eles não assinaram um contrato com os organizadores do GP da Rússia, não assinaram um acordo para a inscrição e também não pagaram a taxa exigida pela FIA para estar no calendário da F1”, disse a entidade russa em seu comunicado oficial divulgado nesta quinta.

Em seguida, o mesmo documento explica que a RAF está “pronta para incluir o GP no calendário da F1 em condições de força maior, com a permissão da FIA, assim que os promotores cumprirem as necessidades formais” para realização da corrida.

Entre os problemas que impediram a inscrição do GP da Rússia dentro do prazo estabelecido estariam a falta de pagamento de recursos para funcionários que irão trabalhar na corrida, entre eles os comissários de prova.

O número de corridas da próxima temporada da Fórmula 1 ainda não foi confirmado pela FIA, mas Bernie Ecclestone, chefe maior da categoria, já avisou que o Mundial de 2014 terá no máximo 20 GPs. Com a previsão do dirigente, a F1 deverá confirmar a retirada de pelo menos duas corridas do seu atual calendário, que conta com 19 corridas ao total. Um calendário provisório para o próximo ano, sujeito a sofrer alterações, deverá ser divulgado pela FIA nas próximas semanas.