Apesar de todo o impasse financeiro, e até mesmo da ameaça de Curitiba ficar fora da Copa do Mundo, o secretário para assuntos especiais da Copa, Mário Celso Cunha, se mostra tranquilo e confiante de que todos os problemas serão resolvidos. “Não acredito que Curitiba ficará de fora. Acredito no cronograma feito pela CAP S/A e tudo será entregue dentro do prazo”, declarou.
A posição de Cunha é oposta à do secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, que tem sido mais proativo quanto aos problemas que Curitiba enfrenta para sediar o Mundial e também com relação ao orçamento da Arena da Baixada. Ele já adiantou, por exemplo, que a prefeitura da Capital não irá bancar a diferença alegada pela CAP S/A e que, se o orçamento estiver mais caro, o reajuste será pago pelo Atlético.
Atravessando fase crítica, a Arena da Baixada convive com vários dilemas. Um deles, a respeito do orçamento de custos do estádio. No momento, a obra tem três avaliações: R$ 265 milhões, segundo a CAP S/A; R$ 195,7 milhões, de acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 184,6 milhões pelo governo estadual e pela Prefeitura de Curitiba. O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) já exigiu que as três partes entrem em acordo e definam um valor único. Enquanto isso, estão vetados repasses do BNDES à CAP S/A.
Outro problema, ligado diretamente à questão financeira, é o prazo para a conclusão das obras. Restam apenas cinco meses e a Fifa vem aí, dia 19 de agosto, para dar um xeque-mate na subsede Curitiba. Mário Celso Cunha desdenha. “A visita que vão fazer não é nem técnica. É apenas uma vistoria que a delegação da Fifa faz em todas as sedes”, completou, garantido que terá jogos da Copa na cidade. “Não tem (chance nenhuma de Curitiba ser excluída). A própria Fifa já nos afirmou em uma reunião que as 12 sedes serão mantidas”, disse.