Paraná Clube pode voltar ao G4 da Série B hoje

Embalado por dois resultados empolgantes na Vila Capanema, o Paraná Clube dá sinais de que está credenciado para ingressar no G4 da Série B. Só que para atingir esse status terá que vencer o Bragantino, às 21h50, no Nabi Abi Chedid, e ainda torcer por um deslize do Figueirense, que joga em Belém-PA, contra o Paysandu. O técnico Dado Cavalcanti aposta na manutenção da mesma estrutura tática, com somente uma mudança: a volta de Édson Sitta ao meio-campo, com a consequente saída de Cambará.

Esta, ao menos, é a intenção do treinador paranista, que decidiu esperar um último teste de Moacir. O jogador, que admitiu não estar no mesmo nível físico dos companheiros, sentiu o ritmo forte das duas últimas partidas. “Vamos reavaliá-lo. Caso não esteja bem, temos o Rubinho como opção imediata”, disse Dado. Com Moacir, a ideia do treinador é forçar as jogadas pelos flancos, usando as “dobradinhas” Roniery-Moacir, pela direita, e Paulinho-Felipe Amorim, pela esquerda. “Seria a mesma formação da última partida, mas com alguns remanejamentos, em função do adversário”, explicou.

Dado Cavalcanti reconhece que precisa criar alguns antídotos para a principal jogada do Bragantino: a artilharia aérea. Com três zagueiros e outros jogadores de boa estatura – como o centroavante Lincom -, sabe que o Paraná terá que ter atenção redobrada nos lances de bola parada. “Trabalhamos muito isso, em cobranças de faltas e escanteios”, lembrou.

Na prática, a única restrição à campanha paranista fica para o desempenho fora de casa. Nem tanto pelas atuações, mas muito mais na somatória de pontos. Nas partidas recentes como visitante, o Tricolor teve a vitória nas mãos, mas cedeu empates para América-MG e Avaí. “É algo que não pode se repetir. É claro que a competição é equilibrada, mas para você chegar nas primeiras colocações, e se manter, precisa vencer fora”, disse Dado Cavalcanti.

Invicto há seis rodadas, o Paraná tenta derrubar um tabu de onze anos. A única vitória em Bragança Paulista aconteceu em 2002, na Copa do Brasil. Naquele ano, o Tricolor fez 3 x 1 e eliminou o Bragantino da disputa. “Estamos focados no presente, que é muito animador. O grupo é forte e, além de um time, conto com muitas opções para os diversos setores. Isso gera confiança e a certeza de que podemos sustentar essa boa campanha, não apenas na produção, mas também nos números”, concluiu o técnico paranista.

Bragantino

Jogando em casa, o Bragantino busca a reabilitação para voltar a se aproximar do G4. Na rodada passada, o clube paulista perdeu de virada para o ASA, em Arapiraca-AL. O técnico Vagner Benazi destacou o bom momento do Paraná e sabe que terá um jogo duríssimo pela frente.

Ele conta, hoje, com as voltas dos volantes Elias e Preto, que cumpriram suspensão na rodada passada. A dupla entra nas vagas de Carlinhos e Serginho. Benazi, porém, não terá o atacante Thiaguinho, suspenso. Cesinha é o mais cotado, mas Paulinho também está na briga pela posição. O Massa Bruta ainda tem um grupo em formação e acertou recentemente mais dois reforços: o meia Giovanni e o atacante Nilson, este com passagem pelo Paraná, no ano passado. Já o goleiro Rafael Defendi, que se lesionou no jogo frente ao América-MG, passou por cirurgia no rosto e fica pelo menos trinta dias fora de ação.