Gatlin vence em Mônaco e mostra ser único rival de Bolt

Na semana em que a principal prova do atletismo sofreu dois escândalos de doping, com os resultados positivos do jamaicano Asafa Powell e do norte-americano Tyson Gay, o também norte-americano Justin Gatlin mostrou nesta sexta-feira que passou a ser mesmo o único atleta capaz de ameaçar o astro Usain Bolt no Mundial de Moscou, em agosto, na Rússia. Nesta sexta-feira, ele comprovou seu bom momento e venceu a prova na etapa de Mônaco da Diamond League.

Enquanto os astros Asafa Powell e Tyson Gay estão afastados das competições por causa de doping, o jamaicano Yohan Blake, atual campeão mundial dos 100 metros, avisou também nesta semana que não irá defender seu título no Mundial de Moscou, por causa de uma contusão. Assim, dos grandes nomes da prova na atualidade, restaram apenas Gatlin e Bolt na disputa.

Bicampeão olímpico e recordista mundial dos 100 metros, Bolt é o grande favorito para conquistar o título em Moscou – principalmente agora, com a ausência de rivais como Asafa Powell, Tyson Gay e Yohan Blake. Mas Gatlin, com a experiência de ter sido campeão olímpico da prova nos Jogos de Atenas em 2004, promete desafiar o reinado do fenômeno jamaicano.

Gatlin já conseguiu uma surpreendente vitória sobre o Bolt nesta temporada, ao levar a melhor na disputa dos 100 metros na etapa de Roma da Diamond League, no começo de junho. Nesta sexta-feira, sem a presença do jamaicano na competição em Mônaco, o norte-americano ganhou a prova com o tempo de 9s94, superando seu compatriota Dentarius Locke, que fez 9s96.

A única brasileira que competiu nesta sexta-feira na 10ª das 14 etapas da Diamond League, circuito mundial que reúne a elite do atletismo, foi Ana Cláudia Lemos. Atual recordista sul-americana dos 200 metros (22s48), ela conseguiu apenas o sétimo lugar na prova em Mônaco, com o tempo de 23s06 – a vitória foi da marfinense Murielle Ahoure, que fez 22s24.