Desiludidos, torcedores do Atlético organizam protesto

Parece ter se esgotado a paciência do torcedor do Atlético com a atual gestão do clube, liderada pelo presidente Mário Celso Petraglia. Um grupo de rubro-negros, alheios a qualquer facção atleticana, organiza uma manifestação para antes do jogo contra o Corinthians, na Vila Capanema, contra as promessas não cumpridas pela chapa CAPGigante. Até ontem, via redes sociais, 800 atleticanos tinham confirmado participação no protesto que acontece domingo, ao meio-dia, em frente à Arena da Baixada.

A manifestação será em dois atos. No primeiro, a torcida vai grudar cartazes em torno do estádio com as promessas não cumpridas de Petraglia. Da Arena da Baixada, os manifestantes partirão para a Vila Capanema, local da partida contra o Corinthians. A partir das 14h, os atleticanos estarão em frente ao Durival Britto aguardando a chegada da delegação rubro-negra para o duelo contra o Timão. “Iremos protestar como em 2011, com músicas e cartazes para todos os jogadores verem que não estamos de brincadeira. Faça o seu cartaz, leve a sua faixa, prepare a garganta. Domingo o nosso Atlético vai acordar”, diz o texto no Facebook, que pede que os participantes não usem camisas de nenhuma facção organizada.

A primeira promessa de campanha do atual presidente atleticano foi de fazer times campeões e de tornar o Rubro-Negro campeão do mundo em dez anos. Porém, até agora, apesar de conseguir o acesso para a Primeira Divisão, o Furacão não conquistou nenhum título e ocupa atualmente a vice-lanterna da Série A. Pior: no Campeonato Paranaense, colocou em campo seu time Sub-23 e viu o Coritiba erguer a taça de tetracampeão estadual.

Outras duas promessas não cumpridas por Petraglia se referem ao andamento das obras de remodelação e ampliação da Arena da Baixada, que vai receber quatro jogos da Copa do Mundo do ano que vem. O presidente rubro-negro assegurou que entregaria o estádio pronto em março deste ano e que o complexo ArenaCopa e Arena Olímpica estariam terminados em março de 2014. O Joaquim Américo deve ficar pronto em dezembro deste ano e as outras duas obras sequer saíram do papel.

Por fim, Petraglia prometeu revitalizar o relacionamento com os sócios do clube. Porém, há duas semanas, decidiu cobrar uma taxa adicional de R$ 50 para os associados do clube que quisessem assistir as partidas do Furacão no Campeonato Brasileiro no setor coberto da Vila Capanema, causando um descontentamento ainda maior dos sócios atleticanos. Medidia que ontem foi revogada.

Segunda vez

Caso se confirme o protesto de domingo, será o segundo em um período de 30 dias nos arredores da Arena. No mês passado, alguns manifestantes contrários a realização da Copa do Mundo em Curitiba, sobretudo com a verba pública gasta para a viabilização do Mundial, foram até o Joaquim Américo mas encontraram pela frente torcedores de uma facção organizada do Atlético, investidos de milícia urbana, que alegaram estar protegendo o patrimônio do clube. Houve confronto.