Dirigente sai do Atlético e ataca autoridade de Petraglia

Não durou nem dois meses a segunda passagem de João Alfredo Costa Filho na vice-presidência de futebol do Atlético. Contrariado pelo regime totalitário imposto ao Rubro-Negro, sob o comando do presidente Mário Celso Petraglia, a gota d’água para a segunda saída do dirigente foi a demissão do técnico Ricardo Drubscky na semana passada, da qual não foi consultado.

Pior: a contratação de Vágner Mancini sequer passou pelo aval de João Alfredo, que afirmou também estar contrariado com outros posicionamentos do presidente atleticano, entre eles, a lei da mordaça que impera no Atlético desde o início da temporada de 2013. “Tomei essa decisão desde a semana passada. Não concordo com um monte de coisas que estão sendo feitas. Voltei porque pensei que conseguiria mudar algumas situações, até de pedidos que partiram de dirigente de dentro do clube e de amigos atleticanos. Mas infelizmente não consegui e fui derrotado nas minhas ideias. Não cumpriram com o combinado comigo e achei por bem me afastar”, lamentou.

O vice-presidente reclamou da falta de voz ativa pelo cargo importante que comandava no clube desde que voltou na metade de maio. “Se não tenho voz ativa não tem porque eu continuar. Não fui consultado na demissão do Ricardo Drubscky e muito menos na contratação do Mancini (Vagner, técnico). Essa foi uma das situações. Além disso, pedi para abrir novamente a janela para toda a imprensa e imperar o bom relacionamento com todo o grupo de comunicação do Estado. Mas sempre fui tratado como patinho feio nas reuniões e não tem porque ficar apenas para tomar cafezinho. Para isso, eu tomo cafezinho com meus amigos no bar”, atirou João Alfredo.

A saída de João Alfredo Costa Filho do Atlético é apenas um até logo. O dirigente, que em 2012 foi um dos principais responsáveis pelo acesso à Série A do Furacão, pode encabeçar uma das chapas que vão concorrer as eleições à presidência do Rubro-Negro, no final do ano que vem. Entretanto, Costa Filho garante que a chapa que deverá ser formada não trata-se de oposição à atual gestão de Mário Celso Petraglia. “Ano que vem devemos formar uma chapa. Que fique claro que não é oposição, mas sim uma chapa independente para o bem do Atlético”, cravou.