Felipão nega ter time definido e cobra melhora para Copa

Depois de conquistar a Copa das Confederações com uma seleção que teve 100% de aproveitamento e atropelou a poderosa Espanha na final, na vitória por 3 a 0, no último domingo à noite, no Maracanã, o técnico Luiz Felipe Scolari já começou a projetar os seus próximos objetivos. E, ao falar sobre eles, o treinador negou que já esteja hoje com o seu grupo definido para a Copa do Mundo de 2014, embora a equipe deva ser formada por menos 70% do grupo convocado para este evento-teste do Mundial.

“Esse grupo está muito bom, mas tenho que olhar mais gente. A gente não promete que seja esse grupo no Mundial, eu nunca escondi deles (jogadores)”, disse Felipão, em entrevista coletiva após o confronto. “A porta está sempre aberta para grandes jogadores e a gente vai ver o momento, como está jogando, porque a partir de agora a gente vai fazer observações nos jogos no Brasil e na Europa para ver quais são os melhores jogadores para nossa seleção em 2014. Todos vão ser observados e vão ser bem recebidos quando convocarmos a nossa seleção. A porta está aberta para todos”, completou o comandante.

De qualquer forma, Scolari mostrou satisfação com o fato de que rapidamente conseguiu montar um time competitivo e já conquistou um título na primeira competição oficial que disputou nesta sua segunda passagem pela seleção. E o forte apoio da torcida brasileira para que isso fosse possível também foi exaltado pelo comandante.

“Queremos agradecer nosso torcedor por tudo aquilo que ele fez. Era importante que nos apoiasse porque não somos ainda uma equipe completa. Hoje (domingo) começamos a caminho para provar que temos equipe para brigar em igualdade de condições com os outros”, enfatizou, lembrando que este título “abre portas para que a torcida possa acreditar que a equipe que estamos montando possa ser competitiva e brigar pelo título da Copa do Mundo”.

Felipão também enalteceu o fato de que o Brasil passou por times de alta categoria nas últimas semanas, o que dá ainda mais confiança para a continuidade do trabalho da seleção. “Eu não posso esquecer uma coisa que foi importante nesses últimos 30 dias. Ganhamos de quatro campeões mundiais: França, Uruguai, Itália e Espanha. Para um time que agora já não está tanto mais em formação, mas vinha com dificuldades, é uma confiança a mais, é algo que faz com aqueles possam jogar de uma forma diferente, com muito mais confiança. E isso quando é passado ao torcedor ele devolve de uma forma maravilhosa”, analisou.

O comandante também ressaltou que o Brasil não pode se conformar com o seu estágio atual e lembrou que o nível de exigência de uma Copa do Mundo é bem maior do que o da Copa das Confederações. Mas ele também lembrou que há tempo suficiente para chegar ao Mundial com grande força para busca o hexacampeonato.

“Eu primeiro tinha que montar uma equipe, um grupo, tinha que dar confiança ao grupo, tinha que ganhar uma competição pra se sentir realmente grande. Vamos ter um ano pra jogar com equipes grandes sabendo que precisamos caminhar ainda muito para chegar onde estão outras seleções, como Espanha, Alemanha e Argentina, que não esqueçam que estão muito bem. Vamos agora caminhar com um pouco mais de confiança e aí quem sabe a gente alcance um nível bem melhor do que do jogo de hoje (domingo). Só assim a gente pode ser um dos quatro, cinco ou seis favoritos ao Mundial”, completou.

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