PM quer evitar novos protestos no entorno da Arena da Baixada

A Polícia Militar abriu processo investigativo para responsabilizar torcedores ligados à torcida organizada do Atlético, que na sexta-feira passada entrou em conflito contra manifestantes que protestavam por causa dos gastos com a Copa do Mundo, entre elas a Arena da Baixada. De acordo, com o coronel Milton Isack Fadel Júnior, do 1.º Comando Regional da PM, câmeras de segurança pública e de empresas privadas instaladas na área registraram integrantes da facção e manifestantes com comportamento criminoso. “Infelizmente, as imagens não possuem muita nitidez, em função do horário e do clima no momento em que foram capturadas. A PM está investigando quem são estes infratores, que serão devidamente punidos na sequência do processo investigativo”, afirmou o coronel.

A PM também mobiliza sua inteligência para monitorar as redes sociais, com enfoque nos perfis ligados às torcidas organizadas dos clubes de Curitiba. O objetivo é prevenir qualquer ação que prejudique o patrimônio público ou privado, assim como novos conflitos que possam ocorrer nas proximidades do estádio Joaquim Américo. A intenção também é impedir que torcedores do Atlético voltem a agir como “milícia urbana” para defender o estádio.

Sobre o acontecimento de sexta, o coronel Fadel comentou que apesar de a PM prever o conflito no entorno da Arena, é impossível ser onipresente. “Na mesma tarde e noite, vários pontos da cidade eram ocupados pelos manifestantes. Ao menos, em três pontos da cidade existia grande concentração de pessoas (referindo-se à Avenida Cândido de Abreu, ao Palácio Iguaçu e à Arena da Baixada) o que complicou a ação de prevenção da polícia”, diz.

A PM declara-se preparada para novas manifestações, envolvendo ou não o estádio do Atlético. Atualmente, na praça Afonso Botelho uma unidade está preparada para passar informações, caso alguma ação suspeita seja observada. Além disso, o comandante informa sobre a flexibilidade do plano da PM. “Estamos preparados para coibir qualquer atitude criminosa, seja ela cometida por pessoas ligadas à torcidas organizadas ou não”, comenta.

Não há previsão para ocorrer uma reunião entre líderes de torcidas organizadas e Polícia Militar do Paraná. Entretanto, a PM não exclui essa possibilidade, assim como prepara a divulgação, através de seu site, de fotos de torcedores e manifestantes que tiveram comportamento suspeito, para que a população civil ajude a identificá-los e eles possam ser responsabilizados.