Aldo Rebelo defende investimentos federais para a Copa

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu nesta segunda-feira os investimentos federais para a realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações no Brasil. Em entrevista coletiva no Maracanã, o Governo Federal detalhou seus gastos e justificou os investimentos alegando que a maior parte deles faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por isso, a aplicação dos recursos independe dos eventos da Fifa.

“Quase que a totalidade das obras da Matriz de Responsabilidades são PAC. Isso significa que são estratégicas importantes e seriam realizadas independentemente de o país receber ou não a Copa do Mundo”, disse Aldo Rebelo. “São obras urbanas, voltadas para a mobilidade. Também são investimentos para o desenvolvimento dos serviços de turismo e do comércio”, reforçou ele.

Os gastos públicos com a Copa do Mundo, especialmente com a construção de estádios, são um dos temas mais recorrentes nos protestos que têm tomado as ruas do País. Em resposta, Aldo afirmou que o financiamento do BNDES para os estádios é oferecido também para outros setores da economia.

“No caso dos estádios, não há recursos do orçamento da União. O que há são empréstimos oferecidos pelo governo, que alguns tomaram na totalidade, outros, como o Internacional e o Atlético-PR, em parte, e outros, como o Distrito Federal, não tomaram”, justificou Aldo.

Na coletiva, o Governo Federal apresentou um relatório que mostra que os investimentos previstos na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo já somam R$ 28,1 bilhões. Com estádios serão gastos R$ 7,6 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões em mobilidade urbana e R$ 8,4 bilhões em aeroportos.

Aldo fez uma defesa do governo contra as manifestações ao contestar a ação federal na Copa. “Estão fazendo um paralelo entre os recursos para a Copa e em saúde e educação. É bom destacar que somente este ano, o orçamento das duas áreas é de R$ 177 bilhões. O orçamento do Ministério do Esporte é aproximadamente 1% desse total. Portanto, não há desvio de recursos de outras áreas para a construção de estádios”, afirmou ele.

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