Apesar do discurso oficial ser de que a Copa das Confederações será disputada até o final no Brasil, mesmo diante das manifestações que tomaram conta do País nos últimos dias, a Fifa já estaria trabalhando nos bastidores com uma espécie de plano B caso a violência dos protestos saia de controle. A ideia seria levar o restante da competição para outros países.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, teve uma reunião com membros do Comitê Executivo da entidade e também da CBF, nesta sexta-feira, no Rio, para discutir o impacto das manifestações na Copa das Confederações. Após o encontro, ele revelou que pediu mais segurança ao governo para a realização da competição até a final marcada para o dia 30 de junho.
Segundo Valcke, a Fifa é o “alvo errado” das manifestações. “Não temos responsabilidade”, afirmou. “A Copa das Confederações está ocorrendo no Brasil e a Copa terá de ocorrer no Brasil. Vamos garantir que ocorra da melhor maneira possível”, completou o dirigente, que chegou a dizer que não haveria a alternativa de levar a competição para outro país.
Mas a reportagem apurou que não só existe um plano B para todas as competições da Fifa como, no caso do Brasil, a estratégia seria a de levar os últimos jogos da Copa das Confederações a outros países. A fonte próxima à Fifa insistiu, porém, que essa opção só seria acionada como última alternativa, no caso de uma delegação ou membro da entidade seja alvo de um ataque.
Nos protestos que tomaram conta do País durante a semana, uma das críticas dos manifestantes é contra a realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Algumas manifestações aconteceram nos arredores dos estádios que recebem jogos da competição, provocando até mesmo confrontos com a polícia e atrapalhando a organização do evento.