Drubscky recebe o recado: Atlético não pode ir para a ZR

Depois do empate por 2 x 2 contra o Flamengo, sábado passado, o técnico Ricardo Drubscky nem bem chegou de Joinville e foi direto para uma reunião com o presidente Mário Celso Petraglia e o diretor de futebol Antônio Lopes. Apesar de garantir que os dois dirigentes do Furacão lhe deram apoio para a sequência do trabalho, o treinador saiu do encontro convicto de que se tropeçar na Ponte Preta, hoje, e no Vitória, domingo, dificilmente se sustentará no cargo. O recado foi claro: o Rubro-Negro não pode ir para a paralisação da Copa das Confederações na zona de rebaixamento.

Drubscky foi o alvo principal das críticas do torcedor atleticano que foi à Arena Joinville, sábado passado. Principalmente quando tirou Éderson para a entrada de Marcelo. Coincidência ou não, simultaneamente quando era chamado de “burro” o Flamengo garantiu o empate, com gol de Renato Abreu. O lance nasceu de uma bola alçada na área – problema recorrente do Furacão até agora.

Porém, o treinador atleticano exime de culpa a defesa, por sua fragilidade nas bolas aéreas. “Não é culpa somente da defesa. Nos gols que tomamos, todo o time estava dentro da área. Não podemos falar da defesa somente, quando na bola parada toda a equipe está na área. A bola resbala, bate, resbala. Acabamos sofrendo muitos gols bizarros neste início da competição”, frisa o técnico.

Ricardo Drubscky, que comandou no Atlético a maior pré-temporada de um clube do futebol brasileiro, com 90 dias de preparação para a Copa do Brasil e para o Brasileirão, pode acabar prejudicado pela falta de ritmo de jogo do Furacão em relação aos outros times que disputam o Campeonato Brasileiro. Para ele, a partir de hoje, só há uma saída: buscar bons resultados contra Ponte Preta e Vitória.

Caso não consiga se sustentar no cargo, há duas opções imediatas para o Atlético substituí-lo. Chamar Arthur Bernardes, que foi vice-campeão estadual com a equipe sub-23, ou dar o agasalho de treinador para Antônio Lopes.