Novo capitão, levantador Bruno divide responsabilidade

Desde que surgiu como promessa do vôlei brasileiro, Bruno tem que conviver com a desconfiança daqueles que acreditam que o fato de ser filho do técnico da seleção, Bernardinho, facilita as coisas para ele. Mas o levantador, ano após ano, mostra que seu sucesso é fruto de mérito próprio.

Com a natural renovação da equipe para o início deste ciclo olímpico, Bruno passou a ser o capitão da seleção, posto que anteriormente era ocupado por Giba. Um dos líderes do grupo, o levantador entende como natural este processo de mudanças e divide a responsabilidade com seus colegas.

“Eu sempre tive essa personalidade de puxar o grupo, de tentar motivar o tempo todo. Mas isso está sendo dividido muito bem com os outros jogadores, principalmente os que já estavam aqui. Acredito que as responsabilidades aumentem mais pelo tempo de seleção do que por ser o novo capitão”, disse o jogador, que inicia o seu terceiro ciclo olímpico aos 26 anos.

Bruno acredita que a equipe que começa a Liga Mundial nesta sexta-feira, contra a Polônia, na casa do adversário, tem condições de manter o Brasil entre os melhores do mundo. “O time está muito focado, motivado e se entrosando o mais rápido possível, já que, apesar de manter uma base, a equipe conta com jogadores novos. Estamos imbuídos do mesmo objetivo, que é manter a seleção brasileira onde sempre esteve.”

O capitão da equipe diz que o Brasil vai atrás do título da Liga Mundial, mas deixa claro que, em processo de renovação, a seleção pode demorar a embalar. “É difícil não entrar pensando em chegar à final e buscar o título. É claro que não podemos colocar a carroça na frente do cavalo. Tivemos pouco tempo de treinamento e durante a competição é que vamos conseguir crescer e mostrar o padrão de jogo, mas tenho certeza que vamos lutar muito para estar em mais uma final”, comentou ele.