Corinthians vota se dá estádio como garantia a Itaquerão

O Conselho Deliberativo do Corinthians vota na noite desta segunda-feira se aprova que o Parque São Jorge, sede social do clube, seja usado como garantia bancária do empréstimo de R$ 400 milhões que viabiliza a construção do Itaquerão, o estádio de abertura da Copa.

O Parque São Jorge, avaliado pelo clube em cerca de R$ 1,2 bilhão, foi apresentado à Caixa Econômica Federal como garantia bancária para que o banco atue como agente repassador do empréstimo de R$ 400 milhões já aprovado pelo BNDES.

A Caixa sinalizou que aceita a garantia dada. O CORI (Conselho de Orientação Fiscal) já aprovou que o Parque São Jorge seja dado como garantia. Essa foi a solução encontrada pelo clube e pela Odebracht para solucionar um impasse que se arrasta há mais de um ano. O estádio já está 79% pronto e até agora foi pago com empréstimos feitos pela própria construtora.

A votação, contundo, deve ocorrer em meio a protestos da oposição, que criou um movimento contrário a essa decisão tomada pela diretoria. Um movimento chamado FICO (Fiéis Corintianos) não concorda que o Parque São Jorge entre na negociação como garantia bancária.

“A sugestão é que se busque outras formas de financiamento, aliás, como foi proposto pelo então presidente Andrés Sanchez, como por exemplo a alienação do naming rigths, camarotes, cativas etc”, diz um comunicado divulgado no último sábado. “Por tudo esperamos que os conselheiros analisem com critério e seriedade tudo o que for colocado em votação e exerçam o seu mister como Conselheiros do Corinthians e não como conselheiros de grupos.”

A convocação para a reunião do Conselho Deliberativo foi confirmada no último dia 21 de maio. Na ata de convocação, está explícito que um dos assuntos da reunião é que o Parque São Jorge entre como garantia para “viabilização do empréstimo necessário ao desenvolvimento e conclusão da obra de construção do estádio”. Conselheiros da situação, por outro lado, garantem que a pauta será aprovada com folga pelo conselho.

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