Felipão evita comentar ausências de Ronaldinho e Kaká

O técnico Luiz Felipe Scolari evitou falar diretamente sobre a ausência dos experientes Ronaldinho Gaúcho e Kaká na lista de convocados da seleção brasileira para a Copa das Confederações, anunciada nesta terça-feira no Rio. Havia a expectativa para que um deles fosse lembrado para o torneio, funcionando como uma liderança técnica e comportamental. Mas ambos não foram chamados e o treinador repetiu o discurso de que não faz comentários sobre jogadores que não estão presentes na lista.

Felipão apenas declarou que critérios pessoais e a observação do convívio e do trabalho desenvolvido na seleção pesaram na definição dos convocados. “Definimos a convocação de acordo com alguns critérios pessoais e também da participação no grupo quando foram chamados”, disse.

De acordo com Felipão, também pesou a chance de dar uma oportunidade em uma competição oficial a jogadores que nunca participaram de um torneio oficial pelo Brasil. Esse é o caso do meia-atacante Bernard, do Atlético Mineiro, principal surpresa na lista de convocados para a Copa das Confederações.

“Na escolha também nos baseamos em alguns jogadores ainda não jogaram uma competição oficial. Para jogar uma competição oficial como o Mundial, tem que receber essa oportunidade para analisá-los em jogos que valem titulo. Podemos ter dificuldade na experiência, mas podemos ganhar na jovialidade”, afirmou.

Felipão rejeitou o rótulo de surpresa na convocação de Bernard e explicou que pretendia chamá-lo em outras oportunidades, mas uma contusão do jogador atleticano o impediu. “O Bernard, nas quatro convocações que eu fiz, em duas delas estava convocado, mas infelizmente estava com uma lesão no ombro”, disse. “Entendemos ser um jogador em forma esplêndida. Não é a surpresa que vocês estão falando”, completou.

O treinador da seleção brasileira também garantiu que não se incomoda com as críticas que possa sofrer por ter deixado Ronaldinho Gaúcho de fora ou se a seleção não conquistar bons resultados na Copa das Confederações. Para a Copa do Mundo de 2002, apesar da comoção popular, Felipão não convocou Romário e a seleção acabou sendo campeã.

“Vai ser diferente? Se não der certo, vai ser normal, já sei o que vai acontecer. Sou sabedor disso, se não levar aquele que o jornal e o torcedor quer, o pau vai comer. Não vou agradar A, B ou C e ter dor de barriga. Se der errado, façam o que vocês quiserem”, comentou.

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