Piekarski condenado por bigamia

O meia polonês Mariusz Piekarski, que vestiu a camisa do Atlético Paranaense em 96, foi condenado por um tribunal de Cracóvia pelo crime de bigamia. Ele se livrou da prisão, mas terá de pagar uma multa de aproximadamente 2.500 dólares por ter casado pela segunda vez sem antes ter dissolvido, de maneira legal, seu primeiro casamento com a ex-miss Brasil, a paranaense Kelley Vieira.

Kelley, que é formada em jornalismo, conheceu o jogador quando fazia reportagem para a TV Paranaense. Após um namoro rápido, os dois subiram ao altar, no dia 1.º de março de 97. Da união, nasceu o filho Daniel. No mesmo ano do casamento, Pierkarski passou pelo Flamengo e seis meses depois, em janeiro de 98, foi para o Mogi Mirim. O destino seguinte foi o Sporting Bastia, da França, onde o conto de fadas da modelo começou a degringolar. Em dezembro de 98, ela partiu com o filho para o Brasil, para passar o Natal com a família. Foi a última vez em que ela viu o marido. Já em terras brasileiras, Piekarski, que estava em Varsóvia com a família, não atendeu mais aos telefonemas da esposa. Ela só conseguiu contatá-lo em janeiro de 99. “Ele disse que não queria que eu voltasse. Contou que estava com outra mulher e me pediu para esquecê-lo. Disse que se o procurasse não iria abrir a porta para mim e que eu e meu filho iríamos dormir na neve”, contou Kelley em reportagem à revista Isto é Gente da época.

O segundo casamento de Pierkaski aconteceu em 99 e quando soube do enlace, Kelley entrou na Justiça, exigindo a partilha de bens e a pensão alimentícia do filho – mesmo com a situação confortável, Pierkaski nunca ofereceu um acordo. Além disso pediu às autoridades que investigassem se Piekarski não havia cometido crime. O processo investigativo durou dois anos, pois a Procuradoria da Cracóvia pediu à Justiça do Brasil muitos documentos, assim como declarações da primeira mulher do jogador. Durante o processo, Piekarski alegou que tinha recebido do Brasil vários papéis e que estava certo de que entre eles estavam o do divórcio, que teria sido assinado. Mas na audiência no tribunal, o polonês reconheceu sua culpa e foi condenado a pagar a multa e as custas do processo.

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