Por ‘caxirolas’, torcida organizada do Bahia é suspensa

O Bahia vai jogar sem o reforço da torcida organizada Bamor nos seus próximos dois jogos – nesta quarta-feira e no sábado, contra o Juazeiro pelas semifinais do Campeonato Baiano. A ausência deve-se à punição imposta pelo Ministério Público e pela Polícia Militar do Estado devido à manifestação ocorrida no domingo, durante o clássico com o Vitória, no que ficou conhecido como “a revolta das caxirolas”.

A decisão foi anunciada no final da tarde desta terça-feira, após reunião entre representantes do Ministério Público, da PM, dos clubes Bahia e Vitória e das torcidas organizadas. De acordo com a polícia, além da suspensão nos jogos, a Bamor deverá pagar multa, que será convertida em 500 quilos de alimentos não perecíveis, que deverão ser doados a instituições de caridade, ainda não definidas.

Ainda segundo a PM, as punições estão em consonância com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a PM, as torcidas organizadas e o MP, em 2010. Na área esportiva, o fato foi registrado na súmula do jogo pelo árbitro Jailson Macedo Freitas e está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) – existe o risco de o Bahia perder mando de campo em algumas partidas.

Revoltada contra o baixo desempenho do time, que ainda no primeiro tempo perdia por 2 a 0 para o Vitória, a torcida do Bahia passou arremessar, no gramado da Arena Fonte Nova, as caxirolas, que haviam sido distribuídas antes do início do jogo. Ao todo foram distribuídos 50 mil unidades do instrumento, em um evento teste para Copa das Confederações e Copa do Mundo, que visava avaliar a aceitação e reação do público à caxirola, criada pelo músico baiano Carlinhos Brown.

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