Mourinho admite saída: ‘Quero estar onde me queiram’

Mal o árbitro apitou o fim do confronto diante do Borussia Dortmund nesta terça-feira, que decretou a eliminação do Real Madrid nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa, as atenções já estavam voltadas para o técnico José Mourinho. Sem a vaga e, consequentemente, sem o título, os rumores sobre sua possível saída do clube espanhol aumentaram. E ele próprio admitiu a possibilidade.

Perguntado se continua no Real na próxima temporada, Mourinho disparou: “Talvez não”. “Quero estar onde me queiram. Eu sei que na Inglaterra os torcedores, os meios de comunicação, gostam de mim. De uma forma justa, me criticam quando devem, mas me dão mérito quando mereço. Na Espanha é diferente porque há gente que me odeia e muitos estão nessa sala”, disse, na coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre o Borussia.

Com esta declaração, cresce a especulação de uma possível volta para o Chelsea, onde o técnico trabalhou entre 2004 e 2008 e teve muito sucesso. A equipe inglesa conta com Rafa Benítez no comando de forma interina até o fim da temporada e já avisou que o espanhol não permanece.

Outro clube no qual Mourinho é muito “querido” é a Inter de Milão, onde ele conquistou a tríplice coroa na temporada 2009/2010, com os títulos da Liga dos Campeões, da Copa da Itália e do Campeonato Italiano. A equipe faz péssima temporada e hoje estaria fora da próxima Liga dos Campeões, o que também aumentou os boatos sobre a saída do técnico Andrea Stramaccioni.

Apesar de admitir a possibilidade de deixar o clube, Mourinho garantiu que só definirá seu futuro após o fim da temporada. O Real Madrid ainda disputa a decisão da Copa do Rei no dia 17 de maio com o Atlético de Madrid. “Não tomei a decisão porque tenho um contrato. Mais do que um contrato, que no futebol é rompido quando as pessoas querem, tenho respeito pelo clube e pelo presidente. Quero ganhar uma final, ser segundo no Campeonato Espanhol (o Barcelona está com a mão na taça) e depois ver o que o Florentino Pérez, meu amigo, quer.”

Mesmo sem querer dar pistas, o tom de despedida no discurso de Mourinho ficou evidente. “Não é importante se eu sigo ou não, mas sim que o Real Madrid siga, alcance as finais. A equipe recuperou a credibilidade com três semifinais seguidas, mas o Real não vive de ‘quase’ e eu também não. Foram três temporadas economicamente fantásticas para o clube e do ponto de vista do prestígio também. Mas tem que ganhar a competição e vai ganhar. Quando? Não sei. Se não for comigo, dá na mesma. Tem que ganhar, comigo ou sem mim.”

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