Médico espanhol é condenado em escândalo de doping

O médico espanhol Eufemiano Fuentes foi condenado nesta terça-feira a um ano de prisão após ser considerado culpado por ter colocado em perigo a saúde pública. Além disso, ele foi proibido de trabalhar no esporte por quatro anos e terá que pagar uma multa de 4.650 euros (aproximadamente R$ 12,1 mil) nos desdobramentos da descoberta de um escândalo de doping no ciclismo que ficou conhecido como Operação Porto.

A juíza Julia Santamaria leu os veredictos nesta terça, sete anos depois de a polícia espanhola invadir a clínica de Fuentes em Madri e apreender mais de 100 bolsas de sangue. Assim, o médico foi acusado de realizar transfusões de sangue em ciclistas da equipe Kelme.

O tribunal também condenou Ignacio Labarta, ex-chefe da equipe de ciclismo, a quatro meses de prisão. A corte, porém, absolveu as outras três pessoas que foram julgadas: Yolanda Fuentes, Manuel Saiz e Vicente Belda.

A juíza também determinou que as bolsas de sangue sejam destruídas, impedindo qualquer possível investigações por parte da Agência Mundial Antidoping e da entidade antidoping da Espanha.

Uma parte fundamental do julgamento, as bolsas continham células vermelhas do sangue e plasma que haviam sido separadas por Fuentes de seus pacientes, através da utilização de centrífugas sofisticadas.

Segundo a juíza, as práticas de Fuentes foram destinadas exclusivamente a melhorar performances dos atletas, mas também representaram uma ameaça para a saúde.

Os réus que recebem penas de menos de dois anos na Espanha geralmente não vão para a cadeia a menos que tenham condenações anteriores. Fuentes tem 10 dias para recorrer da sentença.

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