Se Atlético for à final, história será outra, dizem Alviverdes

A apatia coletiva apresentada ontem, no Atletiba, teve um preço alto para o Coritiba. O Alviverde, que já não dependia somente de suas forças para conquistar o 2.º turno, viu as chances de uma conquista antecipada – bem como a missão de evitar as finais do Estadual -, irem por água abaixo. Agora, como castigo pelo marasmo, se a equipe quiser manter a hegemonia no futebol estadual, conquistando o tetracampeonato, terá de enfrentar dois jogos decisivos.

Os próprios jogadores reconheceram que a falta de vontade foi preponderante para a derrota. O meio-campo Rafinha, um dos poucos ativos durante o jogo, foi além, e mandou um recado para a “molecada atleticana”. “Agora temos que pensar na final, já que não conseguimos nosso objetivo, que era vencer o 2.º turno. Mas quero dar um recado pra essa molecada [jogadores sub-23 do rival] aí. Tem mais”, disparou, já projetando a decisão contra o rival.

A derrota de ontem colocou uma pá de terra sobre qualquer possibilidade de o Coritiba evitar decidir o Estadual em dois jogos, mas a equipe ainda pode ter influência sobre quem será seu adversário na final. Se for derrotado pelo Londrina, domingo que vem, obriga o Atlético a ter de ganhar do Operário para ganhar o returno. Caso vença, o Tubarão, opta por decidir o titulo contra seu maior rival.

Mas, independentemente de decidir com Atlético ou Londrina, a equipe deverá mostrar mais bola, e vontade, do que ontem. Apesar de contar com experiência a seu favor, o Coritiba sucumbiu diante da juventude do adversário. Alguns dos jogadores mais tarimbados acabaram não rendendo o esperado. O resultado foi que o Coxa não conseguiu impor o mesmo nível técnico apresentado nas rodadas anteriores, e teve sérias dificuldades em penetrar no campo do adversário. Um dos mais experientes, o atacante Deivid reconheceu que o rival foi melhor, mas garante que o peso de uma decisão de campeonato, caso as equipes se reencontrem, é maior. “Temos que dar o mérito, a vontade deles foi maior. São meninos de 22 anos. Era a oportunidade da vida deles, mas vamos nos encontrar lá na frente, e o peso de uma final é maior”, disse.