Conmebol critica PM após confusão com Arsenal em BH

Um dia após a confusão entre jogadores do Arsenal e policiais brasileiros, o secretário-geral da Conmebol, o argentino José Luis Meiszner, condenou a ação da PM ao fim da partida entre Atlético Mineiro e o time da Argentina, na Arena Independência, em Belo Horizonte. O time brasileiro goleou o adversário por 5 a 2, em rodada da Copa Libertadores.

“O que a Polícia do Brasil fez aos jogadores do Arsenal é imperdoável e incompreensível, e não se pode repetir”, disse o argentino, que se antecipou a uma posição oficial da Conmebol. Meiszner previu uma punição exemplar, mas não deu detalhes sobre a futura investigação do caso. “As punições aplicadas aos clubes nos tribunais agora serão publicadas para que todo mundo saiba do que se trata e são muito severas”.

As declarações do secretário-geral vão de encontro aos acontecimentos da noite de quarta-feira. A confusão teve início quando os jogadores do Arsenal partiram para cima da polícia e dos árbitros da partida. Eles agrediram policiais com socos e chutes e arremessaram objetos contra eles.

A briga continuou no caminho do vestiário, parcialmente depredado pelos integrantes do Arsenal, que chegaram a atirar cadeiras contra os militares. A coronel Cláudia Romualdo, Comando de Policiamento da Capital (CPC), levou um chute no peito e teria direito a uma indenização de R$ 4 mil imposta pela Justiça, mas abriu mão do dinheiro diante do pedido formal de desculpas por parte do volante Iván Marcone, que assumiu a agressão contra a oficial.

Outros dois policiais e um radialista agredidos receberam as indenizações e a juíza Patrícia Froes determinou que os R$ 26 mil da multa por desacato fossem destinados a instituições filantrópicas – os argentinos tiveram de pegar R$ 38 mil emprestados com o clube mineiro para pagar a multa.

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