Patriota espera liberação rápida de corintianos presos

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deu indicações nesta quinta-feira de que acredita na inocência dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro, na Bolívia, e espera que eles sejam liberados rapidamente. “Uma vez comprovada a inocência, aquilo que acreditamos será o desenlace, queremos garantir a libertação dos nossos concidadãos e que o processo seja célere”, destacou o ministro em sua fala de abertura durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, na manhã desta quinta.

Os torcedores são investigados pela morte de Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador durante um jogo da Copa Libertadores, em fevereiro. Um dos motivos da presença de Patriota na comissão na manhã desta quinta é explicar as providências tomadas pelo governo brasileiro em relação aos torcedores presos no país vizinho. Os parlamentares se dizem preocupados com o fato de os corintianos estarem em um presídio lotado, convivendo com presos detidos por vários crimes.

Patriota explicou que a Embaixada brasileira em La Paz está em contato constante com os presos, com mais de 20 visitas já realizadas ao presídio. Segundo o ministro, há uma longa negociação em curso com o governo boliviano. “Há poucos dias foi deslocada uma médica que está cuidando da saúde deles. Eles também estão sendo acompanhados por um advogado.”

Patriota destacou estar em contato regular com o governo boliviano, e ressaltou, ainda, os esforços do governo brasileiro em tratar do assunto, ao lembrar que a própria presidente Dilma Rousseff abordou o caso em encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

APOIO – Com o objetivo de mostrar que o governo brasileiro está atento ao caso, outra comitiva viajou para a Bolívia nesta quinta. Dessa vez seis deputados visitarão os torcedores presos em Oruro. O grupo vai se encontrar com parlamentares bolivianos e na sexta vai conhecer a Penitenciária San Pedro.

Essa é a segunda viagem de parlamentares em menos de dez dias. Na semana passada, Ricardo Ferraço, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, também esteve lá e classificou a prisão como “sequestro” e “abuso de poder”.

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