Já classificado às finais do Campeonato Paranaense – caso não vença o returno -, o Coritiba, que briga pelo tetracampeonato estadual, tem um importante trunfo na manga na reta final desta fase: poderá escolher o adversário da provável decisão. A conta é a seguinte: restando quatro rodadas para o desfecho do returno, apenas 2 pontos separam o líder Londrina do vice Atlético (19 a 17). Caso a diferença se mantenha até a 10.ª rodada, o Alviverde, que enfrenta os rivais nas duas últimas rodadas, fará o papel de fiel da balança, podendo optar pelo time que mais lhe convier na final.
Nesta projeção, se o Coxa ganhar o Atletiba dará o título do returno ao Londrina. Entretanto, se vier a perder para o maior rival e ganhar do Tubarão, abre caminho para que o Estadual seja decidido pela 21.ª entre coxas-brancas e rubro-negros. A vantagem deste confronto é que o Coritiba faria a finalíssima em casa, mas sem TV. Já contra o Londrina, tudo aponta que a grande final será no Estádio do Café. Outra hipótese é o Alviverde obter uma arrancada de quatro vitórias, torcer por pelos menos dois tropeços do Londrina e ganhar o returno. Neste caso, não haveria decisão.
Na opinião do volante Gil, o Coritiba não deve pensar em escolher adversário, mas em se preparar para quem quer que seja o outro finalista. “A gente tem que pensar jogo a jogo, passo a passo. Até chegar no jogo contra o Londrina temos mais quatro jogos de suma importância, decisivos. Independente(mente) de ser Londrina, Atlético ou J. Malucelli, e também de ser em casa ou fora, a gente tem que encarar com a mesma responsabilidade e vencer sempre. Não importa o adversário que a gente vá encontrar”, analisa.
Meta é ser tetra
Para o vice-presidente Paulo Thomaz de Aquino, a equipe não tem mostrado bola pra eleger adversário. “Nós não podemos escolher, e nem temos condições para isso. Essa coisa de tirar o pé não existe. Nenhum jogador profissional entra para perder. Nem nos treinamentos eles gostam de perder, quem dirá num jogo. Então nossa escolha ainda é ganhar o segundo turno e ser campeão direto. Mas se isso não acontecer, temos que pontuar até o fim do campeonato, para termos a vantagem de decidir em casa e jogar por dois resultados iguais”, aponta.
Apesar disso, Paulo Thomaz de Aquino ressalta que a campanha do Coritiba em 2013, apesar de irregular, é melhor que a de 2012, ano em que o clube foi tricampeão. “Temos escutado diversas críticas a respeito da campanha do time no returno, por parte da torcida e também da imprensa, mas vale lembrar que a situação no ano passado era pior que a atual. O Atlético havia vencido o 1.º turno e nós brigamos com o Londrina até o fim para irmos às finais. Fomos para a decisão e ganhamos o título. O grupo do Coritiba é muito unido. Mais do que nunca os jogadores estão focados, sabem de suas responsabilidades e têm o objetivo comum de conquistar do tetracampeonato”, finaliza.