Aos 36 anos, o goleiro Marcos diz estar com o “espírito renovado” e pronto para fazer um grande jogo contra o J. Malucelli, domingo. Um dos ídolos da história recente do Paraná Clube, o jogador garante que ainda não desistiu da camisa 1, mesmo reconhecendo a ótima fase de Luís Carlos. O titular só não estará em campo devido à expulsão contra o Rio Branco, na derrota por 2 x 0 que tirou o Tricolor de vez da briga pelo returno. “Gostaria de estar disputando o título. Porém, como não dá mais, temos que buscar essa terceira colocação”, avisou o jogador.
Ficar atrás da dupla Coritiba e Londrina seria uma conquista para o Paraná, que vive ainda uma processo de reconstrução após a disputa da Divisão de Acesso, no ano passado. “Esses quatro jogos que temos pela frente valem muito. É onde temos a chance de buscar o encaixe ideal para a Copa do Brasil e da Série B”, completou Marcos.
O goleiro definiu seu retorno ao Paraná em dezembro do ano passado, após dez anos no futebol europeu (basicamente em Portugal). “Ainda tenho muito a dar pelo Paraná. Toda a minha família torce pro Tricolor e vai estar no estádio domingo”, assegurou, beijando o escudo do clube. “Tudo o que conquistei na minha carreira devo ao Paraná. Por isso, fiz questão de voltar e ajudar o clube nesta missão de retorno à Primeira Divisão”, diz.
O jogo frente ao Jotinha será também emblemático para as filhas de Marcos. “Elas sabem cantar o hino, mas nunca viram o pai vestindo essa camisa. Será um momento marcante para todos nós”, afirma. Uma década depois, o visual do goleiro mudou bastante. Marcos, porém, fala com naturalidade da calvície precoce. “Fazer o quê? Os cabelos se foram. Mas não sou como Sansão. Minha força não estava nos cabelos”, apressa-se em dizer.
Marcos revelou ainda que não contava com o banco de reservas neste início de temporada. “Logo no primeiro dia, o Toninho Cecílio me avisou que o Luís Carlos seria mantido no time. Jogou muito limpo comigo e faz parte. Tenho que reconhecer o grande momento do Luís Carlos e ajudá-lo no dia a dia”, disse o goleiro paranista, que é, até hoje, a maior revelação do clube nesta posição. “Vivemos grandes momentos como a conquista da Copa João Havelange, num momento também de reconstrução do departamento de futebol”, lembra.
O camisa 1 ainda não sabe o restante do time para o jogo frente ao J. Malucelli. Independentemente da escalação, tem uma certeza: “Vamos jogar pela vitória. Quero muito marcar essa minha volta oficial com um grande resultado”, concluiu Marcos. Toninho Cecílio depende dos treinos da semana e da reavaliação de vários atletas entregues ao departamento médico para definir a formação do Tricolor para o penúltimo jogo em casa, nesta edição do Campeonato Paranaense.