Marquinhos Santos dá chances às pratas da casa

Marquinhos Santos, que pela primeira vez na carreira experimenta a pressão exercida sobre técnicos de times profissionais, tem uma trajetória vitoriosa nas categorias de base. Tanto no Coritiba quanto no Atlético e na Seleção Brasileira sub-17, onde construiu seu currículo por quase dez anos, o perfil dele foi sempre de trabalhar os jovens jogadores para que conseguissem oportunidades nas principais equipes de seus clubes. No entanto, agora que está do outro lado do balcão, o treinador contradiz sua vocação. Há seis meses no comando do Coxa, ele promoveu pouquíssimas pratas da casa. A rigor foram dois: o volante Denner e o meio-campo Luisinho, que está compondo o elenco, mas ainda não jogou.

Todas as outras revelações do clube que tiveram oportunidade no Campeonato Paranaense foram promovidas ou por Ney Franco ou por Marcelo Oliveira, quando treinaram o Coritiba. Tem também Alex, que despontou nos anos 1990 e foi repatriado no ano passado. Até o atacante Zé Rafael, 19 anos, que domingo saiu do banco para mudar a história da partida contra o Arapongas – vencida por 3 x 2 – teve sua ascensão ao elenco profissional antes de Marquinhos Santos assumir o Coxa. Anda tão escassa a oportunidade aos pratas da casa no CT da Graciosa que no começo da temporada oito foram cedidos ao J. Malucelli para disputar o Estadual. Os que se destacarem podem ganhar nova opotunidade no Alviverde.

Não significa, porém, que o Coritiba não dê chance às revelações. Um exemplo é que dos 19 atletas relacionados contra o Arapongas, mais da metade era composta por piás do Couto: 10 ao todo. Só que nenhum foi guindado pelas mãos de Marquinhos Santos, que agora está concentrado em aperfeiçoar Zé Rafael. “A gente vem dando oportunidades. Eu acompanho e conheço ele desde a base. É um jogador que está em processo de formação, está crescendo, amadurecendo e, aos poucos, vem conquistando seu espaço dentro do elenco. Ele constantemente faz parte da lista dos relacionados, e agora passou a entrar nos jogos”, disse.