Rubinho fala mais que a boca no Paraná Clube

Diretoria e comissão técnica agiram rapidamente e evitaram que uma colocação infeliz do meio-campo Rubinho, ao término do jogo frente ao Operário, quinta-feira, ganhasse maiores proporções. Antes do treinamento de ontem houve uma reunião e o jogador pediu desculpas ao grupo, alegando ter se expressado mal ao afirmar que o Paraná Clube não venceu o Operário por “falta de companheirismo”.

O técnico Toninho Cecílio tratou o caso como um “problema pontual”, que foi encerrado ontem, sem desdobramentos. “É assunto superado. Resolvemos internamente, como deve ser. Não gostei e nunca vou gostar de uma colocação como essa levada à imprensa”, disse Cecílio, que sempre exaltou a coesão deste grupo. “Temos um ambiente de trabalho muito bom, que vem desde o ano passado. Foi a força desse grupo que fez com que superássemos muitos momentos de dificuldade. E não foram poucos. Nada vai abalar isso”, acredita.

Nem Toninho nem Rubinho deram maiores detalhes sobre os motivos que levaram o jogador a dar a tal declaração. “Me expressei mal, com a cabeça quente após um resultado ruim. Vocês podem me cobrar quando eu estiver saindo na boa, achando que um empate em casa é natural”, disse Rubinho. “Já falei com o treinador, com o Lúcio e com o grupo. Está tudo resolvido”, emendou. A origem da declaração teria sido um bate-boca com Lúcio Flávio, logo após uma cobrança de falta executada por Rubinho. No lance, o jogador arriscou um chute de muito longe, quando a melhor opção seria um levantamento para a área ou uma jogada ensaiada.

O jogador não esconde o desconforto com a reserva. “Vim pra jogar. Vocês nunca vão me ver satisfeitos com o banco”. No fim de semana passado, o meio-campo foi decisivo para a vitória no clássico, marcando o terceiro gol paranista num tiro de canhota, de fora da área. Frente ao Operário, também foi dele o chute que deu origem ao gol do empate, marcado por Carlinhos, após rebote do goleiro e participação do zagueiro Anderson.