Botafogo terá rombo financeiro com Engenhão interditado

O fechamento do Engenhão trouxe grande prejuízo ao futebol carioca, que pela primeira vez terá uma final de seu Estadual disputada fora da capital (em Volta Redonda). No entanto, ninguém saiu mais prejudicado nesta história do que o Botafogo, que estima um rombo de dezenas de milhões de reais com a interdição por tempo indeterminado de sua arena. O clube não tem um valor fechado, mas o cálculo não é muito complicado.

O Engenhão foi deficitário para o Botafogo até 2009. Após isso o clube começou a aferir lucro. No ano passado, foram quase R$ 20 milhões com shows, aluguel para jogos e outros eventos. Some-se a isso o custo mensal de conservação de R$ 450 mil. “É possível imaginar (o tamanho do prejuízo), mas medir matematicamente ainda não. Os nossos departamentos já estão debruçados nisso”, comentou o presidente alvinegro, Maurício Assumpção, nesta quinta-feira.

Para piorar, o dirigente garante que estava perto de fechar o tão sonhado acordo de “naming rights” do estádio. Vale lembrar que promessas anteriores de que um acerto estava próxima não se confirmaram. Mas desta vez fontes do clube indicavam que duas empresas negociavam fortemente. “Seria um valor menor do que 30 milhões, mas com ações comercias e outras propriedades seria maior”, disse Maurício Assumpção.

Outros aspectos também prejudicarão enormemente o clube alvinegro, que tinha contratos comerciais com várias empresas. O uso de camarotes também trazia bons dividendos. “Esses parceiros vão acionar o Botafogo. E nós vamos acionar quem?”, ponderou uma fonte.

O Engenhão não será totalmente fechado ao clube. O time continuará a treinar no campo anexo e as demais instalações, como salas e escritórios poderão funcionar. A reportagem entrou em contato com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que informou que não havia até o momento nenhuma iniciativa para entrar com uma ação para verificar responsabilidades sobre o caso.

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