Com possibilidades cada vez mais remotas de conquistar o segundo turno – o Londrina venceu ontem e a distância entre os clubes agora é de dez pontos -, o Paraná Clube entra em campo hoje, às 21h, no Ecoestádio, disposto a mostrar que o time reencontrou o caminho do bom futebol. A vitória no clássico deu novo ânimo o Tricolor mira uma sequência de vitórias nesta reta final do Campeonato Paranaense. “Vamos nos concentrar apenas no jogo e deixar essas questões matemáticas de lado. Lá na frente, a gente vê no que dá”, disse o zagueiro Alves.
Com ótimo desempenho nos clássicos, o Paraná vacilou diante de adversários de menor expressão, o que complicou a vida do clube na competição. “Acho que essa vitória sobre o Coritiba, no Couto Pereira, é prova de que poderíamos estar numa situação muito melhor”, lembrou Alves. Nem mesmo na Vila Capanema, sempre apontado como um “porto seguro” pelo técnico Toninho Cecílio, o Tricolor conseguiu 100% de aproveitamento. Em casa, o clube teve tropeços inexplicáveis contra Arapongas (2 x 2) e Toledo (1 x 1).
Agora, o Tricolor terá que buscar uma maior eficiência longe de sua casa. O gramado do Durival Britto será trocado e a Vila Olímpica do Boqueirão ainda não possui os laudos necessários. Por isso, hoje, o clube recorre ao Ecoestádio. Os jogadores aprovaram a decisão. “É um bom campo e nosso time é muito técnico. Vai nos dar melhor condição”, disse o volante Zé Luís, que hoje retorna à equipe, após cumprir suspensão. Cecílio entende que não é o ideal, mas também aprova a opção. “O bom mesmo é jogar em casa. Mas como não temos nem a Capanema nem o Boqueirão em condições, não adianta ficar remoendo. É encarar a dificuldade de frente”, analisou o treinador.
Além de Zé Luís, que entra na vaga de Ricardo Conceição (lesionado) o Paraná terá também a volta do zagueiro Anderson. Com isso, Alex Bruno vai para o banco de reservas. Já no ataque, diante da ausência de Reinaldo, J.J. Morales veste a camisa 9. Artilheiro do time com quatro gols, Reinaldo fica fora de pelo menos dois jogos devido à fadiga muscular. Assim, o argentino será a referência ofensiva do Paraná, que mais uma vez terá os garotos Júlio César e Carlinhos em campo. “A resposta que eles têm dado é muito boa. É preciso ter calma, mas a presença de ambos é por merecimento”, concluiu Toninho Cecílio.