Resignado com a provável perda do returno – apesar de ter chances matemáticas, o time jogou a toalha -, o Coritiba decidiu mudar o discurso pra sequência do Campeonato Paranaense. A posição do clube, agora, é valorizar a finalíssima do Estadual, onde o Coxa já está garantido por ter vencido o 1.º turno. Para o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, apesar de a queda de rendimento no returno ser uma surpresa, a realização de uma decisão será benéfica para a competição. “Considero que ter finais é um estímulo ao próprio campeonato. O Coritiba é o único clube que já está classificado e se algum outro clube vier a conquistar esse returno cria uma expectativa positiva sobre a competição. Além disso, tem a venda de TV e a publicidade. Então, para o espetáculo é positivo”, aponta.
Entretanto, a disputa de dois jogos extras pode acarretar ao Coritiba alguns impactos negativos. Entre os principais, a redução do período de treinamentos para a estreia no Campeonato Brasileiro e o conflito de datas no calendário alviverde. A 11.ª rodada do Estadual, que teoricamente seria o desfecho do campeonato, caso o Alviverde levasse o título do returno, ocorre dia 28 de abril. Já com as partidas decisivas, ida e volta, o Estadual será estendido por mais dois domingos (5 e 12 de maio).
As datas extras coincidirão com o período de confrontos da segunda fase da Copa do Brasil, marcadas para 1.º e 8 de maio. Além desse conflito de calendário, uma finalíssima traz sempre o estresse que permeia uma disputa de título. Mas, à exemplo de 2012, quando o Coritiba precisou vencer o Atlético nos pênaltis para ganhar o tricampeonato, as situações extracampo não afligem Vilson Ribeiro de Andrade. “Um time de futebol tem que encarar o que vem pela frente. O futebol é bom justamente por isso, por ter surpresas. Não há impacto negativo, vivemos isso no ano passado e fomos campeões, além de chegar às finais da Copa do Brasil”, assegurou.