Felipão diz saber lidar com falta de vitórias na seleção

A ausência de vitórias no comando da seleção brasileira desde o seu retorno incomoda um pouco Luiz Felipe Scolari, mas ele lida com naturalidade com o momento e avisa que é um processo inevitável para o time. “Todos sabem que não existe atalhos para o sucesso de uma equipe. Vamos ter de vencer etapas e sei que estamos melhorando. Para chegar lá, temos de ir assim”, explicou o treinador, que desde que voltou ao comando do Brasil obteve uma derrota (Inglaterra) e dois empates (Itália e Rússia).

Felipão fez questão de encarar adversários fortes nos amistosos preparatórios para a Copa das Confederações, mesmo sabendo das dificuldades que teria, e aproveitou para elogiar a Rússia, que endureceu para a seleção. “É uma equipe que está bem organizada, bem posicionada, é a única das 53 equipes que disputa as Eliminatórias Europeias e ainda não levou gol. Pela posse de bola, dá para dizer que foi no mesmo nível do nosso jogo anterior. A Rússia marca mais que a Itália, fecha melhor e no futebol um vacilo dá ao adversário a chance do gol. Eu penso que do jogo da Itália para esse jogo, o nível foi mantido”.

O treinador considerou que o Brasil fez uma boa partida de maneira geral e elogiou a postura dos atletas, que não desistiram de tentar o empate até o final. “O que me satisfez foi a reação da equipe, que não se desesperou, inverteu jogadas e ainda tivemos a chance de fazer nosso gol”, comentou, citando a jogada que culminou no cruzamento de Marcelo para Fred marcar.

Agora Felipão já começa a pensar no grupo para a Copa das Confederações e os três amistosos sob o seu comando serviram para ele ver quem tem condições de representar o País no torneio. Em abril, a seleção fará um amistoso contra a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra, e outro contra o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte.

O grupo será um pouco diferente para o primeiro jogo, pois não é data Fifa e muitos atletas não serão liberados pelos clubes. Mas a partir do jogo em Belo Horizonte, o treinador espera que a torcida abrace a equipe. “Nós já temos a confiança necessária dos torcedores brasileiros. O que precisamos é continuar trabalhando com esse grupo para que a gente possa então ter uma equipe mais forte para a Copa das Confederações. Acho que o grupo será muito bem recebido para esse torneio e para o Mundial, e vamos dar a resposta”, concluiu o comandante.

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