Massa admite largada ruim, mas valoriza pontuação

A largada ruim foi compensada pelos pontos conquistados no GP da Malásia, resumiu Felipe Massa, neste domingo, sem esconder a decepção por não ter chegado ao pódio. O brasileiro atribuiu o 5º lugar, após largar em 2º, à estratégia equivocada na escolha dos pneus e à variação climática no Circuito de Sepang.

“A corrida de hoje foi complicada porque comecei com pneus intermediários em uma pista que estava muito úmida em alguns pontos e seca, em outros. Isso me impediu de ter um bom ritmo no início e por isso perdi tantas posições na largada”, justificou o brasileiro, que chegou a cair para 6º nas primeiras voltas.

Para Massa, seu rendimento só começou a melhorar a partir da metade da prova, quando a pista já estava quase toda seca. “O carro melhorou, o desgaste dos pneus não era excessivo eu consegui impor um bom ritmo. Mas naquele ponto da prova minhas chances de chegar ao pódio já haviam desaparecido”, comentou.

Fora do pódio, o brasileiro teve que contentar com a vantagem conquistada sobre o companheiro de Ferrari, Fernando Alonso. Como o espanhol não completou a prova, Massa conseguiu superá-lo no campeonato, com quatro pontos acima do bicampeão. “Não posso dizer que estou satisfeito com o resultado. Mas, dadas as dificuldades da largada, estou feliz com os pontos conquistados”.

Enquanto Massa lamentava a largada ruim, Alonso apontava “falta de sorte” também na primeira volta. O espanhol acertou a traseira de Sebastian Vettel na segunda curva, danificou o bico do seu carro e acabou abandonando na volta seguinte. “Tivemos muita falta de sorte hoje. Fui surpreendido quando vi Vettel na minha frente e quase parei”, afirmou.

Alonso assumiu, junto com a Ferrari, a responsabilidade pelo erro de ficar mais tempo na pista antes de ir para os boxes trocar o bico do carro. “Junto com a equipe, decidi permanecer na pista. É fácil criticar esta decisão agora, mas no momento pareceu a melhor”.

Chefe de equipe da Ferrari, Stefano Domenicali também assumiu o equívoco. E atribuiu a decisão à necessidade de avaliar as condições da pista. Se a pista continuasse a secar, a equipe pretendia aproveitar a troca do bico para fazer também a troca dos pneus, visando a sequência da corrida.

“Naquela hora, sentimos que a asa dianteira poderia segurar um pouco mais em uma pista que estava ficando cada vez mais seca. Arriscamos ao deixá-lo lá fora por mais tempo. Agora devemos virar a página e começar a pensar na China”, afirmou o dirigente, referindo-se ao próximo GP, no dia 14 de abril.

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