O Núcleo de Esportes do Centro Universitário Curitiba, mas conhecido como Unicuritiba, vai ampliar sua grade de modalidades esportivas em 2013, com a implantação de natação e atletismo. Os dois esportes vão se somar ao futsal, vôlei, handebol, tênis de campo e xadrez tanto no masculino quanto no feminino que já disputam competições universitárias. A confirmação é do supervisor do Núcleo, Paulo Rehme, à frente do setor há dois anos.
Mas, diferente de outras instituições, o Unicuritiba não visa apenas competições em busca de troféus, prêmios ou medalhas. O Centro Universitário sempre adotou a política do “educar para formar pessoas capacitadas e comprometidas com o dever social”.
A captação de alunos das duas modalidades já começou. A intenção é reforçar a delegação que este ano disputará os Jogos Universitários Paranaenses, em Campo Mourão. A previsão é de 70 alunos, três vezes mais que o número levado na edição do ano passado. Antes disto, os atletas participação dos Jogos Metropolitanos de Curitiba. Mas há planos também para competições nacionais.
O Unicuritiba não exige exclusividade de seus atletas, mas também não concede muitas regalias. No máximo, a instituição pretende conceder dez bolsas para este ano, que permitem desconto de 30% na mensalidade. Por causa disto, libera seus atletas para que representem seus clubes ou federações quando a competição não for universitária. É por isso que no elenco da instituição há vários que disputam competições de alto desempenho e alguns participam de campeonatos profissionais.
A condição para um dos 6 mil alunos do Unicuritiba ser atleta é entender o cunho social e aceitar treinar em horários fora da grade escolar, nem que para isso seja necessário sacrificar o fim de semana. Os treinos ocorrem nas dependências do Colégio Novo Ateneu, que também pertence ao grupo.
Social, o verdadeiro troféu
A adoção do enfoque social do Unicuritiba não se dá somente no esporte. Sem que a maioria dos universitários saiba, a participação em campanhas com a comunidade acontece desde a matrícula para o vestibular. Cinquenta por cento de toda a arrecadação são destinados ao Hospital Erasto Gaertner, Pequeno Cotolengo e Creche Família Feliz.
Mas é no esporte que essa veia social é reforçada. Seus maiores expoentes que o digam. Mesmo que o time masculino de futsal seja vice-campeão paranaense universitário de 2012 (com direito a representar o Paraná no Brasileiro da Série A), que o tenista Mário Littieri seja campeão do circuito universitário, e que a enxadrista Dora Nogueira Maciel seja segunda colocada dos Jogos Universitários do Paraná, os troféus são outros: a grande vitória de Dora, por exemplo, foi a alegria que ela proporcionou a mais de 30 crianças da rede estadual durante uma simultânea de xadrez, divulgando a modalidade e a instituição, no ano passado.
“Isso é levar o esporte como uma escola de longo alcance. É a participação ativa dos alunos como fator de transformação de hábitos e interesses saudáveis pela população”, diz, orgulhoso, o supervisor do Núcleo, Paulo Rehme.
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| Dora Maciel na simultânea de xadrez com alunos da rede estadual. |