Subsede do Tarumã pode salvar a pele do Tricolor

O Paraná Clube pode garantir, a partir de hoje, uma guinada no que diz respeito à sua saúde financeira. Caso a subsede Tarumã seja arrematada em leilão, a diretoria estima que além de quitar todos os débitos – inclusive trabalhistas e tributários – o clube ainda garantirá uma boa reserva para ações futuras, tanto no departamento de futebol quanto no social. A área de 44 mil m2 está avaliada em R$ 45 milhões e a diretoria do Tricolor estima que ocorrerá o arremate.

Especula-se que pelo menos três grupos irão disputar o Tarumã. Um deles, seria o empresário João Destro, que no ano passado venceu o leilão do estádio Pinheirão. Também teriam interesse na subsede do Tricolor o grupo J. Malucelli e o supermercado Condor.

Resultado da má administração e das muitas ações trabalhistas que “pipocaram” ao longo dos últimos anos, o Paraná entrou em uma “roda viva” sem precedentes. Desde a sua queda para a Série B, em 2007, o nome do clube sempre esteve associado a salários atrasados, ameaças de greves e incontáveis problemas financeiros que “engessaram” qualquer tentativa de retorno à elite nacional. “Virou uma bola de neve. Se adiássemos esse leilão, só estaríamos empurrando o problema para as próximas gestões”, comentou o superintendente Celso Bittencourt.

Por conta disso, a posição da diretoria apoiada pelo conselho deliberativo foi de não impor obstáculos para o leilão. “Vimos uma avaliação justa e um valor que atende às nossas necessidades”, explica Bittencourt. Caso o Tarumã seja arrematado neste primeiro leilão cerca de 66% do valor já estaria comprometido com as dívidas existentes – a maior delas envolvendo o empresário Léo Rabello. Por uma imperícia do clube, a venda de Thiago Neves ao Fluminense resultou num processo que chegou à casa dos R$ 19 milhões.

Caso nenhum lance ocorra hoje, um novo leilão ocorrerá no mês que vem, só que com o lance inicial partindo da metade do valor do imóvel (R$ 22,5 milhões).