Ultimato da Fifa

Baixada tem que ficar pronta até dezembro

A reunião entre Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, realizada ontem, em Zurique, na Suíça, determinou o prazo máximo e irrevogável de 31 de dezembro deste ano para que os estádios que serão utilizados para a Copa do Mundo de 2014 sejam entregues. Um das obras mais atrasadas, a Arena da Baixada corre o risco de não conseguir ser entregue a tempo se não for resolvido em prazo curto o impasse que envolve as desapropriações dos terrenos vizinhos ao Joaquim Américo.

Para governo do Estado e Agência de Fomento do Paraná, este é o grande empecilho para o andamento das obras do estádio atleticano. “Dezembro deste ano é, realmente, o prazo fatal. A programação definida aponta a entrega para novembro ou dezembro. Mas a nossa preocupação é com alguns imóveis que ainda não foram desapropriados e brigam na Justiça para permanecer no local. Essa demora da decisão judicial pode atrapalhar o cronograma e, consequentemente, a entrega da Arena da Baixada dentro do prazo para receber a Copa do Mundo”, comentou o secretário de Estado para assuntos da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha.

Sem uma data definida para o julgamento das quatro residências que seguem intactas ao lado da Arena da Baixada, a demora para o final deste caso pode, segundo Cunha, exigir um novo projeto arquitetônico para o estádio atleticano e, consequentemente, um novo planejamento para o andamento das obras. “Não se pode fazer as fundações naqueles locais. Esses terrenos têm sim certa influência no cronograma das obras e podem atrapalhar o planejamento inicial. É, com certeza, o que mais nos preocupa”, emendou o secretário.

As desapropriações dos terrenos são também uma das exigências para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possa liberar as demais parcelas do financiamento de R$ 131,1 milhões. “O que está travando no panorama atual é a parte da Prefeitura de Curitiba, que ainda não resolveu as desapropriações dos terrenos que estão faltando. O BNDES exige que isso seja cumprido e pode dar problema”, revelou o diretor institucional da Agência de Fomento do Paraná, Alexandre Teixeira, na expectativa de que a segunda parcela do financiamento deverá ser liberada nas próximas semanas.