Real aproveita expulsão de Nani e elimina o Manchester

Depois de vencer duas vezes o arquirrival Barcelona pela Copa do Rei e pelo Campeonato Espanhol, o Real Madrid fechou sua semana perfeita com uma vitória por 2 a 1 sobre o Manchester United, em pleno Old Trafford, nesta terça-feira, garantindo a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões. No jogo de ida, há 15 dias, os dois times haviam empatado em 1 a 1.

A partida na Inglaterra já começou com polêmica: Alex Ferguson surpreendeu o mundo ao deixar Rooney no banco, com Nani no time titular. O português até deu o cruzamento para o gol da equipe, marcado por Sergio Ramos, contra, no começo do segundo tempo. Mas foi expulso logo depois, abrindo caminho para o a virada do Real Madrid, com Modric e Cristiano Ronaldo.

A eliminação, para os donos da casa, vem exatamente no milésimo jogo de Ryan Giggs com a camisa do Manchester United. A equipe inglesa, que mandou na partida entre os 20 minutos do primeiro tempo e a expulsão de Nani, aos 11 do segundo, estava sem perder há 18 jogos. O fim da invencibilidade veio na pior hora possível.

Agora os dois times vivem situações opostas. O Real não tem mais chances de vencer o Espanhol, mas segue vivo na Liga dos Campeões, em busca do seu décimo título (‘La Décima’, como chamam os madrilenhos). O Manchester tem folga enorme na liderança do Inglês. Mas deu adeus ao torneio mais importante da temporada.

O JOGO – Durou 20 minutos o domínio inicial do Real Madrid, que começou a partida com a nítida orientação de buscar abrir o placar cedo para atuar no contra-ataque. Com o passar do tempo, o Manchester equilibrou as ações e logo passou a mandar na partida, chegando a acertar a trave com Vidic, de cabeça, após escanteio batido por Giggs. Na volta, Welbeck tentou e a bola parou entre as pernas de Diego Lopez, em cima da linha. Mas o lance já estava parado por impedimento.

Depois da pressão inicial, o Real Madrid não conseguiu mais jogar. Cristiano Ronaldo era anulado e a armação não funcionava. Já o Manchester tocava a bola com consciência. Aos 34 minutos, Van Persie ganhou de Varane e chutou forte. Diego Lopez deu rebote, Welbeck arriscou à queima roupa, mas o goleiro voltou a salvar o Real.

Para piorar a situação dos espanhóis, Di Maria se machucou e teve que ser substituído por Kaká, que também não entrou bem. E, logo na volta do intervalo, o Manchester abriu o placar. Van Persie pegou sobra no meio da área, chutou, e foi travado. A bola sobrou para Nani, mais para a esquerda. O português cruzou, Welbeck desviou de leve, a bola bateu Sérgio Ramos e foi para dentro do gol.

Quando o cenário parecia perfeito para os donos da casa, um lance mudou radicalmente o jogo. Nani foi tentar um domínio, ergueu demais o pé, e acertou a barriga de Arbeloa. O árbitro entendeu que o português fez a falta de forma proposital e o expulsou, para revolta de Alex Ferguson.

Mourinho agiu rápido. Sacou Arbeloa e colocou o time no ataque, com Modric. Aos 15, Higuaín tentou cabecear a um passo da linha de gol, mas Rafael salvou. Era o primeiro lance de uma blitz que duraria mais oito minutos, até a virada.

O gol de empate foi de Modric. O croata recebeu na intermediária, cortou Carrick e bateu de direita. O chute foi certeiro: passou raspando a cabeça de Evra, saiu por pouco das mãos do goleiro, bateu na trave e entrou.

Pouco depois, mais uma jogada iniciada por Modric. Dele para Özil, que deu de letra para Higuaín. O argentino cruzou de primeira, rasteiro, e encontrou Cristiano Ronaldo livre no segundo pau para marcar de carrinho. Por respeito ao ex-time, o português não comemorou o gol mais importante que fez na temporada.

O craque, que chegou a 18 gols só em 2013, não foi o nome do jogo. Esse feito ficou para Diego Lopez. O goleiro contratado para substituir o machucado Casillas ainda fez outras duas ótimas defesas, num cabeceio de Carrick e num chute de Van Persie. Isso sem contar a defesa incrível num cabeceio de Vidic, aos 47.

Do outro lado, De Gea pegou um chute de Cristiano Ronaldo e deu sorte num lance com Kaká. O brasileiro acertou a trave, a bola voltou nas costas do goleiro, mas não passou da linha. Serio o gol da vitória.

Voltar ao topo