Fifa aceita fazer consultas antes de mudar regras

A Internacional Board, que reúne apenas as federações britânicas de futebol e a Fifa, mas que tem o poder de decidir sobre as regras do futebol, aceitou passar a consultar o resto do mundo sobre as suas decisões. Essa foi a principal novidade na assembleia geral anual do grupo, realizada neste sábado, em um hotel de Edimburgo, na Escócia.

No Congresso da Fifa de 2011, a Internacional Board recebeu a solicitação de realizar uma “autorreforma” como parte das propostas de alteração do processo de governança da Fifa. Apesar de a composição da entidade permanecer inalterada (com Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), foi decido dar espaço a consultas para “melhorar o processo de tomada de decisões, e para proporcionar maior transparência”, segundo explicou a Fifa.

A Internacional Board concordou com a criação de dois comitês consultivos: um técnico, composto por especialistas em arbitragem, e um de futebol, formado por ex-jogadores, técnicos e diretores técnicos.

A reunião da assembleia geral neste sábado não fez grandes mudanças no futebol. A principal delas foi a definição de que os organizadores das competições terão autonomia para decidir se querem usar a tecnologia na linha do gol em jogos específicos ou em todas as partidas de um torneio.

Aos organizadores também caberá decidir se desejam transmitir as imagens dos incidentes relacionados à linha do gol nos telões dos estádios e também na transmissão pela TV.

Com relação às regras do jogo, a única mudança foi na regra 11, que trata do impedimento. O texto ganhou nova redação, de forma a deixar mais claro o entendimento sobre “tirar vantagem” em casos de rebote ou sobra de bola.

Outras decisões foram adiadas. A proposta de mudar a regra 8 para colocar no papel a obrigação de devolver a bola em lances de fair play será votada no ano que vem. Já quanto ao uso de véu para jogadoras muçulmanas, a decisão só sairá na assembleia de 2014.

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