Torcedores do Tricolor podem investir no clube

A torcida do Paraná Clube pode ser um componente fundamental na reengenharia financeira anunciada pela diretoria para equilibrar as contas e dar fluxo de caixa ao Tricolor. As ações geradas pela empresa Atletas Brasileiros S/A, cujo patrimônio foi adquirido em 70% pelo clube, estarão disponíveis na Bolsa de Valores de Sâo Paulo (Bovespa) a qualquer interessado em entrar no negócio, ou seja, se um torcedor quiser se tornar investidor do novo negócio é só abrir conta numa corretora e comprar as ações.

De acordo com Alexandre Azambuja, diretor presidente e de relações com investidores da Atletas Brasileiros S/A, o formato da aplicação representa uma democratização do negócio. “As ações estarão disponíveis na Bolsa de Valores. Então, qualquer pessoa que tiver interesse e possuir conta em uma corretora poderá adquiri-las, inclusive a torcida do Paraná Clube. A aplicação nesses moldes representa uma democratização desse tipo de ativo, e esse é um dos diferenciais do que já foi proposto até hoje no mercado brasileiro”, disse.

Embora não seja novidade no Brasil, já que outros clubes no passado buscaram operações semelhantes – sem êxito, Fluminense, Vasco, Bahia e até o Coritiba já tentaram lucrar com os direitos econômicos que possuem -, caso o mercado compre a ideia a iniciativa será pioneira, e o Paraná Clube referência para outras equipes seguirem o mesmo caminho e abrirem capital na bolsa. Só que é bom alertar o torcedor que ele não estará adquirindo direitos sobre um atleta em específico, mas sim sobre a totalidade de direitos econômicos que o clube possui.

Alexandre Azambuja explica que as iniciativas do passado falharam por não passar a transparência que esse tipo de operação exige. E, como o Tricolor, por ser sócio majoritário, é soberano em qualquer decisão, a posição do clube, bem como de quem investe, é bastante confortável e segura. “Antigamente as ações não prosperaram devido à falta de transparência. Era uma espécie de clube de amigos que adquiriam ações e havia um forte conflito de interesses. A segurança jurídica era outro entrave pra esse tipo de ação não ter deslanchado”, afirma.

Essa medida de a empresa não ser um agente estranho ao clube é outro grande diferencial, explica o executivo. “O clube tem o controle total da companhia. Então, ele decide o que vender, e quando vender. É uma situação bastante confortável ao Paraná Clube, que pode capitalizar e cumprir a função de reforço ao caixa do clube, adquirindo os direitos econômicos de novos atletas, sejam eles das categorias de base ou reforços”, aponta.

Paranavaí

O Paranavaí reedita amanhã o jogo mais importante de sua história: a finalíssima do Paranaense 2007, quando empatou por 0 x 0 com o Tricolor e sagrou-se campeão em plena Vila Capanema. O momento, no entanto, é outro. O Vermelhinho oscila dentro do Paranaense e está estacionado no meio da tabela, na 5.ª posição, com 13 pontos. Como visitante, a equipe do técnico Ney César venceu apenas o lanterna Nacional, além de dois empates e duas derrotas. O time do interior ainda vem numa sequência de duas derrotas – Londrina (3 x 1, fora de casa) e Rio Branco (3 x 0, em casa). Contra o Paraná Clube, quatro mudanças no time titular, em relação ao que atuou na rodada passada. Projetando uma recuperação dentro do campeonato, o Vermelhinho se espelha no feito de 2007, e vai a campo com Naldo; Hesdras, Célio Lima, Marinho, Vitor e Leandro César; Cris Fernandes, Alex Ricardo e Celinho; Felipe Rafael e Salatiel.