Elenco são-paulino demonstra mágoa com crítica de vice

As declarações duras do vice-presidente de futebol João Paulo Jesus Lopes, que disse que se sentiu envergonhado pelo futebol apresentado pelo São Paulo contra o The Strongest no Morumbi, continuaram repercutindo no clube nesta sexta-feira. No discurso, os jogadores dizem que o dirigente, segundo da hierarquia, tem liberdade para dizer o que pensa, inclusive criticar a atuação do time. Nas entrelinhas, porém, mostraram que ficou um ressentimento.

Um dos mais experientes do elenco, Fabrício concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira e externou o sentimento do grupo. “Todos têm o direito de falar o que pensam e muitas vezes as pessoas dão declarações polêmicas do fundo do coração. A gente entende e sabe que o João Paulo está do nosso lado”, disse o volante, antes de ponderar: “Mas no futebol muitas vezes você sai com raiva de campo e nem sempre expõe as coisas, pois precisa ter cuidado.”

Na análise do jogador, que vai ganhar uma chance como titular contra o Linense, domingo, o grupo reagiu bem às críticas do dirigente. Mas ele acha que a rápida resposta de Ney Franco, que expressou sua insatisfação com as declarações do dirigente tão logo soube delas, terá efeito positivo. “Dificilmente isso vai voltar a acontecer”, aposta.

Outro que começa jogando em Penápolis, uma vez que os titulares são preservados para a Libertadores, o lateral-esquerdo Thiago Carleto repetiu o discurso de Fabrício para mostrar que o sentimento é compartilhado por todo o elenco.

“Isso é uma opinião do João Paulo. Ele tem todo o direito de falar. Temos que acatar da melhor maneira. Mas o professor Ney Franco tem outra visão. Acho que foi num momento que não precisava, mas temos que respeitar”, comentou ele.

Como Rogério Ceni está com dores na coxa, até o capitão deve ser poupado. Assim, a tendência é o São Paulo pegar o Penapolense com: Denis; Lucas (João Filipe), Rhodolfo, Edson Silva e Carleto; Fabrício, Rodrigo Caio, Maicon e Ganso; Cañete e Ademilson. Wallyson, pela primeira vez à disposição de Ney Franco, começa no banco.

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