Paraná Clube começa a pagar por falta de controle

O Paraná Clube começa a pagar o preço pela perda do controle emocional durante o primeiro turno do Estadual. O técnico Toninho Cecílio e o volante Ricardo Conceição vão a julgamento hoje, às 19h, no Tribunal de Justiça Desportiva. O treinador, pela reclamação contra a arbitragem na partida diante do Londrina, válida pela 4.ª rodada. Já o jogador, por ter sido expulso no mesmo confronto. Ele foi denunciado com base no artigo 254 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) acusado de “praticar jogada violenta”. A punição varia de uma a seis partidas.

Quanto a Toninho Cecílio, seu julgamento se baseia na infração do artigo 258 (desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões). A pena varia de um a seis partidas de gancho. As denúncias foram oferecidas pelo procurador Gilson Goulart Jr. e estão na pauta da 3.ª comissão disciplinar do TJD-PR. Independentemente da sentença, caberá recurso ao pleno do tribunal.

A situação do treinador é mais delicada. O jogo contra o Tubarão representa apenas a primeira exclusão de Toninho Cecílio dentro do Campeonato Paranaense, que soma três até aqui. O comandante paranista tende a ir a julgamento também por conta da indisciplina delatada na súmula da partida contra o Operário, na 6.ª rodada, e duas rodadas depois, contra o J. Malucelli. Nas próximas vezes que for julgado, por não ser réu primário, Toninho Cecílio pode se complicar com a justiça desportiva e ter sua pena substancialmente aumentada.

A diretoria tricolor também não está livre de ter de comparecer no TJD. Ao final da partida contra o Jotinha (2 x 2) o presidente Rubens Bohlen, o vice Paulo César Silva, que contava com a companhia de seu filho, e o gerente de futebol Alex Brasil desceram rapidamente do camarote e invadiram o gramado para questionar a confusa arbitragem de Adriano Milczvski, que não teria marcado ao menos dois pênaltis a favor da equipe paranista. A reclamação foi tão acintosa que a Polícia Militar teve que intervir para garantir a integridade do árbitro, o qual relatou xingamentos e ameaças dos dirigentes na súmula do jogo.