Governo não aceitará preços abusivos de hotéis na Copa

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, afirmou nesta quinta-feira que o governo não vai permitir a prática de preços abusivos de hospedagem nos hotéis durante a Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho, e a Copa do Mundo em 2014. Ele informou que o governo está acompanhando o valor das diárias e usará a legislação para punir eventuais abusos.

“O governo não vai aceitar preços abusivos”, disse o ministro. “Estamos antecipando e fazendo reuniões com representantes do setor hoteleiro em cada uma das cidades onde haverá jogos, vendo a realidade local e as dificuldades. Se houver abuso, o governo tomará providências”, completou Gastão Vieira.

Nesta quinta-feira, representantes do ministério se reuniram com empresários do setor em São Paulo. O mesmo acontecerá nas outras 11 cidades que serão sede dos jogos na Copa do Mundo – Brasília, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Cuiabá, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza.

O ministro afirmou que há entendimentos e o compromisso dos empresários de não praticar preços abusivos. “Nós entendemos que, durante eventos, há uma demanda aquecida e existem casos normais. O que não vamos aceitar é abuso. Se isso vier a ocorrer, o governo vai agir”, avisou Gastão Vieira. Ele citou a conferência ambiental Rio+20, no ano passado, como exemplo positivo de negociação – na ocasião, delegações internacionais criticaram abuso nas diárias dos hotéis. “Nós tivemos uma crise. A Casa Civil convocou os órgãos do governo e fizemos um acordo com o setor”, lembrou.

“Preços abusivos, definitivamente não. A partir de agora, vamos controlar o valor das diárias conjuntamente. Tanto o governo e o ministério do Turismo, por meio da Embratur, quanto o setor privado, os proprietários dos hotéis e as entidades que representam o setor hoteleiro. Acho que vamos chegar a um entendimento tão bom quanto o que tivemos durante a Rio+20”, afirmou o ministro, que esteve nesta quinta-feira no Congresso em visitas aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).