Tricolor pode ir a campo modificado no domingo

Numa visão ampla, o trabalho realizado pelo Paraná Clube até aqui é positivo. Há anos o Tricolor não iniciava uma temporada com uma base encaixada, que sustentasse uma invencibilidade de 13 jogos, sendo 9 no Estadual e 4 da Série B 2012. Mas como futebol é resultado, e já sem chances reais de vencer o primeiro turno – a não ser que Coritiba e Londrina deem chance para o azar nas duas próximas rodadas -, o Paraná Clube já projeta o returno e não será surpresa se houver mudanças no time.

A queda de rendimento da equipe nas rodadas recentes é que podem motivar Toninho Cecílio a promover alterações no Tricolor. Dentro de seu esquema de jogo, o treinador conseguiu formar uma base, mas algumas peças ainda não se encaixaram, o que vem tirando o sono do comandante paranista. Os setores que mais preocupam, e geram desconfiança por parte do torcedor, são as laterais, o meio-campo e o ataque. O sistema de jogo atual agrada Toninho Cecílio, mas para que o 4-3-3 funcione, alguns jogadores têm que render mais.

Fã declarado da ofensividade, Cecílio pede maior finalizações dos homens de frente. “A gente precisa ser mais efetivo na frente, com mais posse de bola e criação. Também precisa chegar mais ao gol, porque só isso justifica os três atacantes”, aponta. Na frente, um dos jogadores que está devendo é o atacante Luisinho. Titular em oito das nove rodadas até aqui, o jovem atacante marcou apenas um gol, logo na primeira rodada. Em contrapartida, quem pede passagem e pode ser promovido é o francês Aymen. Em cinco jogos que participou, sendo apenas um deles como titular, o gringo já deixou sua marca por duas vezes.

Pensando nas saídas de jogo, a ausência de um jogador que combine velocidade e habilidade no meio-campo também aflige o treinador. Rubinho, que fez um elogiável segundo tempo na vitória contra o Rio Branco de Paranaguá (1 x 0), pode ser o homem que o treinador tanto procura. “Eu não tenho no elenco um jogador com velocidade e que consiga segurar a bola. Tenho o Rubinho, que ainda está buscando a melhor forma, e em outras oportunidades eu usei o Wellington”, aponta.

Com problemas em suas laterais desde o ano passado, novidades também podem surgir pelos lados do campo. Pela direita, o que aflige é a inconstância de Gabriel Marques. Com a lesão de Henrique Ávila, ainda na 4ª rodada, Gilton herdou a titularidade pela esquerda, mas ainda não editou uma atuação que justifique sua presença entre os titulares. A desconfiança pode ter fim com Massari, que já realiza treinamentos físicos. Se seu nome aparecer no boletim informativo da CBF até amanhã, o lateral pode ser a grande novidade da equipe no domingo, contra o Cianorte.