Paraná Clube formaliza na FPF protesto contra a arbitragem

Nada como um dia após o outro. Após invadir o gramado do Ecoestádio, na quarta-feira passada, para reclamar da arbitragem, a diretoria do Paraná Clube se mobiliza em duas frentes para limpar sua barra ou, ao menos, amenizá-la. Numa delas, o presidente Rubens Bohlen e o superintendente Celso Bittencourt foram reclamar formalmente dos erros de arbitragem e estiveram reunidos na manhã de ontem, a portas fechadas na sede da Federação Paranaense de Futebol, com o presidente Hélio Cury, além de Afonso Vitor de Oliveira, diretor da comissão de arbitragem.

Na outra frente, e em tom de arrependimento, o gerente de futebol Alex Brasil veio a público, na tarde de ontem, lamentar o ocorrido, que classificou como “um dia de fúria”. “É uma questão que está sendo tratada via direção, um fato que me deixou extremamente chateado, abalado, porque não era isso que nós gostaríamos. Todo mundo tem seu dia de fúria e aquele foi o meu. Mas estou arrependido do que fiz”, desabafou.

Quarta-feira passada, no calor das emoções, Alex Brasil era um dos mais exaltados, e teve sua situação agravada pelo árbitro da partida, Adriano Milczvski, que relatou na súmula do jogo as ameaças contra sua integridade física, e que um copo de água fora arremessado pelo gerente de futebol no quarteto de arbitragem. “Atirou em nossa direção um copo com água, vindo a molhar todo o quarteto de arbitragem bem como os policiais que faziam uma barreira de proteção para a arbitragem”, apontou o árbitro.

À reportagem do Paraná Online, no entanto, Alex Brasil negou categoricamente ter arremessado o objeto, e que nem tudo que foi relatado por Adriano Milczvski realmente aconteceu. “Nem tudo que foi escrito ocorreu realmente. O escudo de um dos policiais bateu em meu braço, e nisso molhou quem estava em volta. Eu inclusive estou com a marca”, disse. Nos próximos dias, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) deve analisar a súmula, e os dirigentes podem ir a julgamento.