São Paulo culpa prefeitura por alagamentos

Uma das imagens mais impressionantes do forte temporal que castigou a cidade na última quinta-feira mostrava a sede social do São Paulo completamente tomada pela água. O clube ainda não conseguiu medir o grau dos estragos, mas sabe que terá que desembolsar uma boa quantia para reparar danos em áreas como as piscinas, vestiários, restaurantes e outros pontos, fato que obrigou a diretoria a interditar o clube por tempo indeterminado.

Para o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, a prefeitura da capital é a grande responsável pelos efeitos devastadores. O dirigente bateu forte na administração municipal e disse que há anos existem obras para combate a enchentes que não foram feitas, entre elas a construção de quatro piscinões e a canalização do córrego Pirajuçara.

“Eles não fazem as obras, então é claro que a culpa é deles. Eles ainda fogem das desapropriações que precisam fazer na área. O Governo do Estado até já fez uma notificação por causa dessa lentidão”, disparou o dirigente, que no entanto eximiu o atual prefeito Fernando Haddad (PT) de críticas mais severas. “Até porque ele acabou de entrar e teve pouco tempo para trabalhar”.

Acostumado a ver a região sofrer com as enchentes, o São Paulo possui muros de proteção ao redor da sede, mas o volume de água foi tão grande que um deles acabou rompendo e deu início à inundação. “E não fomos só nós; um colégio tradicional precisou suspender as aulas e as residências vizinhas também sofreram com os danos”, emendou Jesus Lopes.

Apesar do estrago na área social, o estádio foi pouco afetado e não terá problemas para receber a partida entre o São Paulo e o Ituano neste sábado, às 19h30, pelo Campeonato Paulista. Só a academia que funciona no local teve uma parte danificada, mas sem maiores consequências.

A cidade ficou com 77 pontos de alagamento depois de ter chovido entre as 17h e 19h cerca de 12% do volume esperado para todo o mês de fevereiro. O trânsito ficou caótico depois de uma linha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também parou, causando reflexos em todo o sistema de trem e metrô.

Voltar ao topo