Correção: Cartola é acusado de racismo contra Balotelli

A nota enviada anteriormente continha um erro no primeiro parágrafo (Paolo Berlusconi é irmão de Silvio Berlusconi). Segue a versão corrigida:

Irmão de Silvio Berlusconi e vice-presidente do Milan, Paolo Berlusconi acabou virando o centro de uma polêmica ao ser flagrado dando uma declaração de tom considerado preconceituoso em relação a Mario Balotelli, recém-contratado pelo clube italiano. O dirigente foi acusado de usar uma expressão racista ao se referir ao jogador, que acaba de chegar do Manchester City.

“Todos queremos ver o negrinho da família jogar”, disse Paolo, em um vídeo publicado pelo site do jornal italiano “La Repubblica” e já reproduzido por vários outros veículos de imprensa da Itália nesta quarta-feira.

O vídeo em questão foi gravado antes da estreia de Balotelli no Milan, ocorrida no último domingo, quando a equipe bateu a Udinese por 2 a 1 graças a dois gols marcados justamente pelo novo reforço do clube. As imagens gravadas flagraram o dirigente convidando amigos para o confronto, quando ele ainda brincou com a fama de mulherengo do seu famoso irmão, dono do Milan e ex-primeiro ministro da Itália.

“Todas as jovens estão convidadas também, vocês podem até ter a chance de conhecer o presidente (Silvio Berlusconi)”, disse Paolo, arrancando algumas risadas dos seus colegas, durante um encontro realizado em Varedo, que fica perto de Milão.

Os comentários do dirigente geraram polêmica e críticas na Itália e aconteceram menos de um mês depois de um jogador do próprio Milan, Kevin-Prince Boateng, ter sido vítima de insultos racistas em um amistoso diante do Pro Patria, da quarta divisão do futebol italiano, realizado no início deste ano. Naquela ocasião, o meia ganês, revoltado, chutou a bola em direção aos torcedores, tirou a sua camisa e abandonou o campo, acompanhado pelos seus companheiros de clube.

A decisão dos atletas foi defendida por Silvio Berlusconi na ocasião. Enquanto isso, Balotelli chegou ao Milan depois de ter sido também vítima de atos racistas na Eurocopa de 2012, realizada em junho, na Ucrânia e na Polônia. O atacante negro nasceu na Sicília e é filho de pais ganeses.

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