Após brilhar , Miralles lembra ‘preconceito’ de Roth

Entre Ezequiel Miralles chegar no Brasil, via Porto Alegre, em maio de 2011, e começar a brilhar com a camisa do Santos, passaram-se 20 meses. Ainda que a passagem pelo Grêmio tenha ficado para trás, o argentino fez questão de destacar, nesta segunda-feira, um dia depois de brilhar no clássico contra o São Paulo, que não tinha espaço no time gaúcho por preconceito do técnico Celso Roth

“Faltou respeito do Roth, muito. No futebol, você sabe, tem treinador que gosta de atacar, outros de defender, então quando você sabe que um treinador faz tudo para que você não jogue, então não tem muita coisa para fazer”, disse Miralles, sem medo de dizer que o treinador, hoje desempregado, não gosta de estrangeiros como ele. “Sempre joguei, mas quando cheguei ao Brasil, de contratação importante, virei o cara que ficou aí, um cara a mais. Mudou de treinador, o treinador que chegou mudou sistema de jogo e não gostava de estrangeiros.”

Mas o dia não era de falar de coisas ruins. Afinal de contas, Miralles ganhou uma chance como titular do Santos no clássico e correspondeu à confiança de Muricy Ramalho, marcando dois gols no 3 a 1 que a equipe aplicou no rival na Vila Belmiro.

“A titularidade tem que ser trabalhada todo dia. Tem que ser jogo a jogo. Para mim, ontem (domingo) era um jogo muito importante, porque era meu segundo jogo como titular. Me senti muito bem. Foi um jogo difícil, um clássico, mas estou me sentindo cada dia melhor, tentando aproveitar as oportunidades que o Muricy está me dando”, disse ele.

Mas o argentino sabe que a concorrência não será pequena. “A dificuldade é grande, por isso falei que o jogo de ontem era importante para mim. Porque era primeiro jogo na Vila, no ano, como titular. Acho que as expectativas foram correspondidas. Daqui para frente é continuar trabalhando e deixar para o Muricy escalar quem ele achar que está mais preparado.”

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