Marquinhos admite que não encontrou o esquema para o Coxa

Apesar da liderança do Estadual, o técnico Marquinhos Santos ainda não conseguiu encaixar o sistema de jogo ideal da equipe. O problema da escassez de gols está na transição do meio-campo para o ataque, e também no fato de peças fundamentais dentro do carrossel alviverde não estarem correspondendo. Apesar da qualidade técnica acima da média – nesse início de temporada poucos são os elencos brasileiros que, do meio pra frente, contam com jogadores do quilate de Alex, Rafinha, Robinho, Júlio César e Deivid, além de Bottinelli, que ainda não estreou -, é notória a falta de entrosamento e posicionamento.

Ontem, contra o Paraná Clube, Marquinhos Santos debutou em clássicos, e no esquema tático foi com um 4-2-3-1. Contudo, a exemplo do que ocorreu contra o J. Malucelli, após ser pressionado pelo adversário, o treinador se viu obrigado a realizar alterações para o time subir de produção. Marquinhos Santos credita a falta de mobilidade às características de um clássico decisivo, mas garante uma evolução no trabalho, rodada a rodada. “Acho que um clássico tem essas características. Com o adversário buscando a liderança, e ainda mais [com o Coritiba] atuando fora de casa, tínhamos o cuidado de ter o controle do jogo, o que acabou não acontecendo. A equipe vai se soltando, já que é o segundo jogo em nível de competição, mas já vejo uma melhora na atitude, assim como na postura tática”, disse.

A bola não está chegando com qualidade aos atacantes. Deivid e Arthur na etapa final, bem que tentaram, mas pouco puderam fazer. Pelo sistema de jogo implantado ontem, a proposta do Coritiba foi ousada, com a marcação adiantada e com o volante Willian mais centralizado, Robinho saindo pela esquerda, Gil pela direita e Alex mais à frente, numa espécie de losango, e ainda com Rafinha e Deivid ocupandos os espaços ofensivos. Apesar da distribuição, no primeiro tempo a equipe pouco produziu, apresentando uma melhora na derradeira etapa.

Marquinhos Santos fez sua análise do jogo. “Um primeiro tempo muito agarrado, com poucas oportunidades de gol. Na segunda etapa, com uma mudança tática, conseguimos ganhar o meio-campo. Coletivamente o time agrupou”, avaliou.