Paraná Clube e Coritiba prometem o “Clássico da Paz”

Paraná e Coritiba prometem para amanhã o “Clássico da Paz”. A rivalidade – ao menos esta é a promessa – ficará restrita ao gramado. Dirigentes dos clubes e das torcidas organizadas se reuniram ontem pela manhã, selando o pacto, com direito à liberação de faixas, bandeiras e batuque. Depois de muitos anos de restrição, a festa nas arquibancadas estará à vontade. “Mostra o bom relacionamento dos clubes. O futebol paranaense ganha com isso”, disse o superintendente tricolor Celso Bittencourt.

Na condição de anfitrião, o Paraná garantirá todo o conforto à diretoria do adversário. “A disputa será apenas dentro das quatro linhas. É assim que deve ser o futebol. Os dois times estão bem e tenho certeza de um grande jogo. Com vitória do Paraná, é claro”, apressou-se em avisar o vice-presidente Paulo César Silva. Foram destinados 2.000 ingressos para a torcida do Coritiba, de um total de pouco mais de 17.500 ingressos. “Já havíamos fechado um acordo anterior com a diretoria do Coritiba. Teremos, nos dois clássicos, 11,3% de ingressos para os visitantes.

Assim, no segundo turno, o torcedor do Paraná terá direito a 3.800 lugares no Couto Pereira. “Estamos fazendo de tudo para que tenhamos um grande jogo, com casa cheia, como há tempos não vemos nos clássicos”, lembrou Bittencourt. “Contamos com o apoio do torcedor para que tudo transcorra de forma pacífica não apenas no estádio, mas também nas ruas e nos terminais”, disse. À tarde, representantes da Polícia Militar de Curitiba estiveram na Vila Capanema, fazendo as últimas observações no palco do clássico.

Para evitar transtornos nas cercanias do estádio, haverá todo um esquema de segurança e todos os torcedores do Coritiba, que virão escoltados do Alto da Glória, terão que ter ingresso adquirido previamente. Na Vila Capanema, haverá ingresso apenas para a torcida do Paraná, que pagará R$ 80 por um lugar no setor popular. No segundo turno, o preço já está estabelecido: R$ 95 (valor já aplicado pelo Coritiba nesta temporada). “Acredito que essa flexibilidade em relação aos aparatos das torcidas organizadas pode ser o início de novos tempos. Acreditamos mais no diálogo no que na repressão”, concluiu Celso Bittencourt.