Paraná Clube vai tentar diálogo com FPF

A divulgação da tabela da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense, na terça-feira passada, ainda está rendendo no Paraná Clube. Ontem, a diretoria se reuniu para analisar com calma todas as partidas e o que pode ser feito para evitar futuros problemas.

A partir da 6.ª rodada da Segundona, que acontece nos dias 20 e 21 de maio, alguns jogos do Tricolor vão coincidir com datas dos confrontos pela Série B do Campeonato Brasileiro, que tem início em 19 de maio. Trata-se de uma situação que a Federação Paranaense de Futebol poderia ter evitado, e que foi discutida durante o arbitral de 16 de fevereiro, mas que vai opor a entidade e o Paraná Clube ao longo da disputada, possivelmente regada a liminares na Justiça Desportiva e do Trabalho.

Apesar de se mostrar insatisteita, a diretoria paranista primeiro irá conversar com os dirigentes da Federação Paranaense de Futebol para depois sim, caso necessário, recorrer a alguma atitude mais drástica. “Estamos estudando a tabela ainda e, por enquanto, não tem nada definido. Vamos analisar tudo e aí sentar com a Federação para conversar e ver o que podemos fazer. Depois disso, se for necessário, vamos tomar alguma atitude”, explicou o superintendente do Tricolor, Celso Bittencourt.

O principal ponto a ser discutido é que o Paraná não quer correr o risco de ter que disputar duas partidas em dias seguidos, como aconteceu em 2007, quando o clube disputou o Estadual e a Libertadores e acabou denunciado na Justiça do Trabalho. O presidente Rubens Bohlen já afirmou várias vezes que irá fazer valer o regulamento geral das competições da CBF, o qual diz que um clube não pode entrar em campo em um intervalo inferior a 66 horas. Caso contrário, o sindicato dos jogadores e o Ministério Público do Trabalho podem acionar a FPF.

Do lado da Federação existe uma certa intolerância. Mesmo admitindo que algumas mudanças serão feitas nas partidas paranistas, dentro do que for possível, e depois da divulgação da tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, o vice-presidente da entidade, Amilton Stival, já ressaltou que o Paraná terá que resolver esse problema com vários jogadores no elenco. “O clube é que tem que fazer seu controle para que os atletas não atuem abaixo de 66 horas”, disse.